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Tratado controla uso do mercúrio a nível internacional

Convenção de Minamata entra em vigor nesta quarta-feira (16) e determina banimento, até 2020, de produtos com a substância


publicado:
16/08/2017 12h16


última modificação:
16/08/2017 12h16

A Convenção de Minamata sobre Mercúrio, tratado global para proteger a população e o meio ambiente dos efeitos adversos dessa substância, entra em vigor nesta quarta-feira (16). O acordo internacional determina o banimento, até 2020, de produtos com mercúrio adicionado, como por exemplo alguns tipos de lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias.

Além disso, processos industriais listados pela Convenção terão de fazer a substituição por tecnologias livres de mercúrio. O comércio internacional da substância terá um controle mais rígido e a abertura de novas minas de mercúrio será impossibilitada.

No Brasil, o acordo foi validado tanto pela Presidência da República quanto pelo Congresso Nacional e entregue às Nações Unidas no dia 8 de agosto. Com isso, o País poderá participar da primeira Conferência das Partes (COP 1) sobre o tema, marcada para setembro, em Genebra, na Suíça.

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou a importância do instrumento. “O mercúrio é uma substância extremamente letal controlada pela Convenção de Minamata. O acordo é um avanço que traz benefícios para o meio ambiente, para a saúde e para a competitividade da indústria”, afirmou.

Convenção de Minamata

O mercúrio é usado em setores como siderurgia e produção de cimento e na mineração artesanal de ouro, além de ser encontrado em termômetros e medidores de pressão. Devido aos efeitos ao meio ambiente e à saúde, a comunidade internacional tem desenvolvido ações que culminaram na assinatura da Convenção de Minamata sobre Mercúrio, em outubro de 2013.

O nome da Convenção homenageia as vítimas por envenenamento de mercúrio ocorrido na cidade japonesa de Minamata, onde uma empresa química lançava no mar dejetos com a substância desde 1930.

Os primeiros sintomas de intoxicação foram identificados na década de 1950, devido ao efeito cumulativo na cadeia alimentar. Estudos apontam que quase 3 mil pessoas foram vítimas da doença, das quais 700 morreram pelo envenenamento.