A meta é classificar cerca de cem atletas militares da Marinha, Exército e Aeronáutica para os Jogos Rio 2016
por Portal Brasil
publicado:
10/03/2016 09h30
última modificação:
11/03/2016 15h24
O Ministério da Defesa trabalha com a meta de classificar cerca de cem atletas militares ligados às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Até o momento, de acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), dos 93 desportistas do Brasil já classificados para as Olimpíadas, 47 são militares, que integram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa – representando 50,5% do total.
“Será bastante possível atingir a meta de classificação, já que nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, nós tivemos 123 atletas militares integrando o Time Brasil. E como resultado, alcançamos 67 medalhas, o que corresponde a 48% do total conquistado pela delegação brasileira”, enfatizou o diretor do Departamento de Desporto Militar (DDM) do Ministério da Defesa, brigadeiro Carlos Augusto Amaral.
O objetivo também é conquistar 10 medalhas, dobrando o número de vezes que os atletas militares subiram ao pódio durante a Olímpiada de Londres, em 2012. Entre os atletas militares com os nomes na lista para os Jogos Rio 2016 estão Yane Marques (pentatlo moderno), Iris Tang Sing (taekwondo), Martine Grael (vela), Felipe Wu (tiro) e Robson Conceição (boxe).
O legado do desporto militar inclui ainda a preparação e a formação de atletas que, por meio de federações esportivas, poderão utilizar as modernas instalações dos centros de treinamento da Marinha (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes – CEFAN), do Exército (Centro de Capacitação Física do Exército – CCEFex e Complexo Esportivo de Deodoro) e da Aeronáutica (Universidade da Força Aérea – UNIFA). Nos últimos anos, os ministérios da Defesa e do Esporte investiram aproximadamente R$ 120 milhões nesses centros.
Iniciativa
O Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) é uma parceria dos ministérios da Defesa e do Esporte e tem o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível.
Os esportistas têm à disposição todos os benefícios da carreira militar, como salários, plano de saúde, férias e assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de dispor de todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento. Os atletas também são beneficiados pelas bolsas Pódio e das categorias Olímpica, Internacional e Nacional do Ministério do Esporte.
Atualmente, integram o PAAR 670 atletas, sendo 594 temporários e 76 de carreira. O programa inclui 26 modalidades olímpicas (atletismo, badminton, basquete, boxe, ciclismo, esgrima, futebol, golfe, handebol, hipismo, judô, levantamento de peso, lutas associadas, maratona, nado sincronizado, natação, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tiro, tiro com arco, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia), três modalidades não olímpicas (cross country, lifesaving e futebol de areia) e cinco modalidades tipicamente militares (orientação, paraquedismo, pentatlo aeronáutico, pentatlo militar e pentatlo naval).
Resultado esse comprovado na 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, realizados no Rio de Janeiro, em 2011, com a participação de 111 países e quatro mil atletas, tendo o Brasil conquistado o maior número de medalhas da competição (114) e, mais recentemente (outubro de 2015), nos 6º Jogos Mundiais Militares, na República da Coreia, com o Brasil em segundo lugar no quadro de medalhas (34 de ouro, 26 de prata e 24 de bronze). No ranking, só perdeu para a Rússia, que levou 135 medalhas.
Também em 2015, os atletas militares conquistaram 48% das medalhas obtidas pela delegação brasileira (141) nos jogos pan-americanos de Toronto, no Canadá. Foram 67, sendo 20 de ouro, 18 de prata e 29 de bronze.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Defesa