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Barco-escola francês desembarca em Fernando de Noronha

Veleiro Grandeur Nature saiu da França há dois meses, com sete estudantes e quatro professores interessados no contato com a natureza


por Portal Brasil


publicado:
02/01/2017 17h06


última modificação:
02/01/2017 17h36

O barco-escola Grandeur Nature atracou no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Pernambuco.

Ao todo, sete adolescentes e quatro adultos vão passar quase um ano velejando por diversos lugares no Oceano Atlântico para aumentar o contato com a natureza, desconectar dos aparatos tecnológicos e viver experiências diferentes. A ideia é passar para os jovens valores como a vida compartilhada, a divisão de tarefas, o contato com moradores.

O veleiro-escola Grandeur Nature saiu da França há dois meses, passou pelas Ilhas Baleares e Ilhas Canárias (Espanha) e Cabo Verde (África). Os próximos destinos são Guiana Francesa, República Dominicana, Cuba, Bahamas (Estados Unidos) e Açores (Portugal).

“Aprendemos muitas coisas que podem ser úteis mais tarde, e meu interesse é mudar e amadurecer”, conta Matías Lebegue, de 15 anos. Os adolescentes que viajam em um veleiro-catamarã são selecionados de acordo com sua vontade de participar e também como forma de socialização, já que alguns deles apresentam problemas sociais.

A rotina é bem agitada: acordam às 5h30 da manhã e, com o pôr do sol, estão de volta ao barco para jantar e conversar sobre o dia. A programação de cada um é feita de acordo com suas preferências, e o acesso à internet é controlado. A ideia é se desconectar do que está longe. No final da expedição, a equipe produz um grande livro com fotos e relatos.

“O mais interessante do projeto é a diversidade dos jovens, alguns vêm da montanha, outros da periferia, e todos têm vontade de viver as mesmas experiências”, analisa Christophe Dasnieres, idealizador do Grandeur Nature. Entre os adultos, há professores, um assistente social e o marinheiro do barco. Segundo Christophe, a legislação francesa diz que todas as crianças e adolescentes precisam aprender, o que não necessariamente deve acontecer dentro de uma escola tradicional.

Em Noronha, os jovens entrevistaram pessoas da comunidade e fizeram aulas de surf e mergulho. 

Fonte: Portal Brasil, com informações do ICMBio