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Brasil busca maior intercâmbio cultural com a China

Representantes dos dois países discutiram sobre economia da cultura, literatura, audiovisual e maior intercâmbio entre museus


por Portal Brasil


publicado:
23/02/2017 12h21


última modificação:
23/02/2017 15h21

O secretário executivo do Ministério da Cultura, João Batista de Andrade, recebeu, nesta quarta-feira (22), o vice-ministro da Cultura da China, Yang Zhijin. Durante o encontro, foram tratados temas que dizem respeito ao intercâmbio cultural entre os dois países. A discussão englobou assuntos como economia da cultura, literatura, audiovisual e maior intercâmbio entre museus e bibliotecas.

O ministro da Cultura, Roberto Freire, salientou a importância de aprofundar relações culturais entre Brasil e China e confirmou presença na reunião de ministros da Cultura do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), prevista para julho em Tianjin, no nordeste chinês.

O encontro terá como principal objetivo o estabelecimento de mecanismos de cooperação cultural entre os cinco países, incluindo a criação de um Conselho Cultural dos Brics e de uma aliança de bibliotecas, museus e galerias de artes.

Audiovisual

Um dos temas de destaque durante a reunião foi o audiovisual. João Batista de Andrade enfatizou o empenho do MinC para aprofundar o intercâmbio e aprimorar as relações culturais entre os dois países.

“O audiovisual brasileiro se tornou atraente, o que é bom quando se busca parcerias e busca romper fronteiras e buscar outros mercados. Temos elementos básicos para firmar o acordo: a necessidade e a suficiência”, destacou Andrade. 

Yang Zhijin frisou que os dois mercados cinematográficos têm muito a conversar. Ele afirmou que levará a proposta de parceria para o órgão competente de seu país. “O chinês gosta muito das telenovelas brasileiras. A China tem o maior público do mundo, e a indústria cinematográfica é uma indústria emergente”, apontou.

Economia da Cultura

Andrade destacou que, em 2018, o MinC, em parceria com outros órgãos, promoverá, no Brasil, o Mercado de Indústrias Culturais do Sul (Micsul). Ele sugeriu a participação de empreendedores chineses no evento, que será realizado em São Paulo.

O Micsul é considerado o maior encontro de economia criativa da América do Sul e abarca setores de música, design, audiovisual, editorial, artes cênicas, animação e jogos eletrônicos.

Museus, literatura, bibliotecas e artes visuais

Durante a reunião, Yang Zhijin enfatizou que a China quer estimular o intercâmbio entre grupos artísticos, estudiosos e empresários da área cultural e entre museus e bibliotecas. Também falou sobre a importância de haver cooperação na área de traduções de obras entre os dois países.

O secretário executivo brasileiro pontuou que o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidades vinculadas ao MinC, têm interesse em avançar na cooperação com as contrapartes chinesas.

Outro tema em pauta foi a Bienal Internacional de Arte Curitiba, que conta com o MinC como principal parceiro e neste ano terá a China como país homenageado. “Sabemos que a Bienal é uma das mais importantes do Brasil e ficamos honrados em poder participar”, afirmou Zhijin. O evento será realizado de 30 de setembro de 2016 a 25 de fevereiro de 2018 no Museu Oscar Niemeyer, na capital paranaense.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Cultura