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Brasil e Chile assinam acordo para facilitar negócios e investimentos

Objetivo é oferecer um ambiente institucional mais propício para a operação das empresas dos dois países


por Portal Brasil


publicado:
23/11/2015 18h44


última modificação:
23/11/2015 18h57

Brasil e Chile assinaram nesta segunda-feira (23) um acordo para facilitar e desburocratizar o ambiente de negócios entre os dois países. O intuito do compromisso é oferecer um ambiente institucional mais propício para as empresas, estabelecendo mecanismos adequados para a mitigação de riscos, prevenção de disputas e melhoria da governança para os investidores.

Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) foi firmado durante o seminário empresarial reuniu 30 empresas dos dois países e promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), CNI, pelos ministérios chilenos das Relações Exteriores e do Comércio Exterior e também pela Sociedade de Fomento Fabril.

Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, “o acordo é um instrumento que se reveste de grande relevância para fortalecer a nossa integração produtiva e uma mais efetiva inserção nas cadeias de valor, por meio de parcerias entre nossas empresas e do acesso ampliado e seguro dos empreendedores em nossos territórios”.

Monteiro destacou que, além do ACFI, Brasil e Chile podem avançar na direção de um acordo na área de compras governamentais, abrindo os mercados e conferindo tratamento isonômico entre as empresas brasileiras e chilenas.

“Brasil e Chile têm muito a ganhar adotando medidas de facilitação de comércio. Nesse sentido, destaco importante iniciativa dos nossos países em implementar bilateralmente o Projeto de Certificação de Origem Digital (COD). Isso proporcionará maior rapidez, segurança e economia na emissão do certificado de origem e nas tratativas comerciais”, acrescentou o ministro.

O presidente da Sociedade de Fomento Fabril (entidade setorial que congrega a indústria chilena), Hermann Von Muhlenbrock, ressaltou a importância do acordo como um importante marco legal para aumentar investimentos das nossas empresas.

Parceria estratégica

Nos últimos anos, o Chile tem figurado como o segundo maior parceiro comercial do Brasil na América do Sul e o terceiro maior na América Latina. De 2004 até 2014, a corrente de comércio entre Brasil e Chile aumentou de US$ 3,9 bilhões para cerca de US$ 9 bilhões, o que significa crescimento de 128%.

Segundo Monteiro, essa “extraordinária expansão” resulta, em grande medida, do sucesso do Acordo de Complementação Econômica nº 35, que promoveu uma abertura tarifária entre Brasil e Chile, e do Acordo de Serviços Mercosul-Chile, que permitiu a maior presença de empresas chilenas no Brasil e brasileiras no Chile.

Armando Monteiro afirmou, ainda, que Brasil e Chile têm um papel crucial no processo de aproximação e integração entre Mercosul e a Aliança do Pacífico. “Temos a convicção de que uma maior integração entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico poderá fortalecer a nossa posição no comércio mundial e garantir uma inserção mais qualificada nas cadeias regionais e globais de valor. A proximidade geográfica e as nossas afinidades históricas e culturais são fatores que devem ser valorizados e que concorrem para consolidar uma maior aproximação”, disse.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio