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Comércio varejista de São Paulo registra crescimento após 14 meses de queda

Dados são da primeira quinzena de junho e sugerem que o pior da crise ficou para trás. Pesquisa do IBGE já havia apontado volta do crescimento do comércio brasileiro em abril


por Portal Brasil


publicado:
18/06/2016 10h19


última modificação:
18/06/2016 10h23

Entre os dias 1º e 15 de junho deste ano, o número de consultas para vendas parceladas na cidade de São Paulo foi 2,1% maior em relação a igual período do ano passado. É o primeiro resultado positivo na primeira quinzena depois de 14 meses seguidos de queda.

Os dados são da Boa Vista Serviços, elaborados pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP). 

A comparação com a primeira quinzena de maio reforça a tese de que estaria ocorrendo uma reação nas vendas. O avanço, levando-se em conta o mesmo número de dias úteis, foi de 10,4%. 

Associação Comercial de São Paulo aponta que o frio intenso deste mês impulsionou as vendas de aquecedores, chuveiros elétricos, cobertores e outros itens que acabaram puxando o volume de negócios para cima.

Pesquisa IBGE

De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio brasileiro voltou a apresentar resultado positivo já em abril, depois de três anos de queda. As vendas do varejo cresceram 0,5% na comparação entre abril e março.

Com esse desempenho, os comerciantes registraram alta no faturamento, que cresceu 1,2%. O resultado é o maior para o mês desde 2009, quando havia ocorrido uma expansão de também 1,2% nas receitas. Esses números são nominais, ou seja, sem descontar a inflação.

O avanço no período foi puxado pelo segmento de tecido, vestuário e calçados, com expansão de 3,7% nas vendas; por artigos pessoais de uso pessoal e doméstico, com alta de 2,8%; e por supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu 1%.

Retomada

Um avanço nas vendas do varejo é importante por mostrar que as famílias, a despeito do cenário econômico, continuam a consumir e, com isso, demonstram alguma melhora no nível de confiança em relação ao futuro.

“Os dados mostram crescimento de 0,5% após recuo de 0,9% em março, compensando parcialmente as vendas do varejo”, observou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Ela ponderou que o perfil positivo não se repetiu em todas as atividades avaliadas pelo IBGE, mas destacou que três itens puxaram o número para cima: supermercados, tecidos e sapatos e artigos de uso pessoal e doméstico.

Na segunda-feira (13), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a implementação de políticas econômicas apropriadas ajudará a tirar o Brasil da crise recebida pelo novo governo.

Varejo apresenta primeiro resultado positivo em abril depois de três anos; confira

Fontes: Portal Brasil, com informações da Associação Comercial de São Paulo e IBGE