Contrato permitirá à Embrapa maior inserção no segmento internacional de genética vegetal
publicado:
17/12/2015 18h20
última modificação:
17/12/2015 18h10
Um contrato entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Procampo vai viabilizar a introdução de cereais com genética brasileira para as culturas de inverno de trigo e aveia do Uruguai. O acordo de cooperação técnica foi firmado nesta quinta-feira (17).
Segundo o gerente-adjunto de Mercado da Embrapa Produtos e Mercado, Rafael Vivian, o contrato permitirá à Embrapa maior inserção no segmento internacional de genética vegetal, podendo conquistar consumidores de um país com tradição na produção de cereais de inverno.
De acordo com Vivian, “em período de dificuldades para o trigo e demais cereais de inverno no sul do País, como o que passamos no momento, o acordo abre portas para novas oportunidades conjuntas e integração de esforços entre as empresas para o desenvolvimento de cultivares de alto valor agregado para o produtor”, finaliza.
Cultura alvo na América do Sul
O Brasil produz, aproximadamente, 6 milhões de toneladas de trigo a cada safra, com consumo interno estimado em 11 milhões de toneladas. Assim, as importações de trigo correspondem a 60% do consumo nacional. O Uruguai tem suprido parte das necessidades brasileiras de importação do cereal e pode corresponder a até 25% das necessidades de compra do Brasil.
“É nesse contexto que a Procampo buscou a Embrapa Trigo, que já vinha recebendo demandas de outras empresas para testar cultivares de trigo e cevada no Uruguai, visando à indicação e ao licenciamento”, conta o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS), Adão Acosta.
Segundo ele, o Uruguai apresenta ambiente similar ao do Rio Grande do Sul e com histórico de sucesso no uso de cultivares de trigo de outros obtentores brasileiros. Alguns experimentos desenvolvidos pela Embrapa no Uruguai mostraram média de rendimentos de 4 toneladas por hectare para cultivares de trigo como BRS Guamirim, BRS Marcante, BRS Parrudo e BRS Tarumã.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Embrapa