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Hemovida Web facilitará controle de etapas das transfusões de sangue

Também caberá à ferramenta manter dados sobre pacientes com doenças no sangue para a elaboração de políticas públicas de saúde


por Portal Brasil


publicado:
31/03/2015 11h12


última modificação:
31/03/2015 11h12

Foi lançada, na manhã desta terça-feira (31), a Hemovida Web – Agência Transfusional, ferramenta que possibilitará o controle das etapas envolvidas no processo de transfusão de sangue e de dados sobre pacientes com doenças no sangue e que recebem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A ferramenta conta com cadastro pessoal e informações sobre exames realizados, tipagem sanguínea e destinação final do material. O sistema vai acelerar o processo e propiciar maior segurança aos pacientes, e está disponível para 1.700 serviços brasileiros, com implantação por adesão. 

“O Hemovida Web vai facilitar muito o processo do sangue. Haverá integração, que é muito bem-vinda para reforçar a segurança do serviço” afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

No total, o Brasil conta com 2.700 serviços de coleta e distribuição de componentes do sangue. De acordo com o ministro, o País é hoje mundialmente respeitado por sua política de sangue e hemoderivados.

Mais de 3 milhões de transfusões foram realizadas em 2014 no Sistema Único de Saúde e em sistemas que utilizam serviços do SUS, de acordo com o Ministério da Saúde. “Sangue é autonomia, não só para a vida, mas para um sistema de saúde de um País”, declarou Arthur Chioro.

Atualmente, 1,6% da população brasileira tem o hábito de doar sangue. O índice está dentro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 1% a 3% da população doando sangue.

Para garantir o máximo de segurança ao paciente, as transfusões de sangue são realizadas obedecendo rigorosamente às normas editadas pelas autoridades sanitárias brasileiras e pela Associação Americana de Bancos de Sangue. 

Doenças falciforme

A estimativa do Ministério da Saúde é que, atualmente, 40 mil pessoas recebam tratamento para doença falciforme no SUS, em todo o País. A doença é hereditária e caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos.

Os principais sintomas são anemia crônica, icterícia (cor amarelada na pele e olhos), mão e pés inchados e crises marcadas por dores nos músculos, ossos e articulações. O tratamento inclui o uso de medicamentos, como ácido fólico, antibióticos e penicilina oral ou injetável.

Investimentos

Desde 2004, R$ 43 milhões foram investidos pelo Ministério da Saúde em pesquisa e desenvolvimento para qualificação da atenção hemoterápica. Até 2016, o governo federal pretende repassar mais R$ 21 milhões para pesquisas na área. 

Fonte:
Portal Brasil, com informações da Agência Brasil