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ICMBio investe na proteção da vida marinha em Abrolhos (BA)

Sistema preserva espécies no fundo da água, mais sensíveis ao impacto das âncoras de embarcações


por Portal Brasil


publicado:
08/02/2017 16h54


última modificação:
08/02/2017 17h08

Para reforçar a proteção das espécies marinhas no Parque Nacional de Abrolhos (BA), o Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade (ICMBio) vai investir em sistemas de preservação de corais, algas e bancos de gramas marinhas. O trabalho será realizado sobretudo em áreas do fundo do mar onde ficam atracadas embarcações e são sensíveis ao impacto das âncoras.

No início dos anos 2000, um sistema de fundeio com 15 poitas (blocos de concreto com 1,2 mil quilos) foi distribuído em 15 diferentes pontos-alvo de visitação e mergulho na Unidade de Conservação. Em janeiro, todas as poitas instaladas no arquipélago dos Abrolhos passaram por uma manutenção, que incluiu a localização dos equipamentos que se encontravam fora de uso e sem sinalização, além da troca de cabos, ferragens, boias de localização e seu reposicionamento para o adequado ancoramento de embarcações de médio porte que utilizam o parque.

Sistema de fundeio

O sistema permite que os responsáveis pelos barcos visualizem o local de fundeio e realizem o atracamento por meio de cabos. “A presença e funcionamento adequado de tais equipamentos eliminam a necessidade de lançamento de âncoras sobre os ambientes recifais e garantem segurança aos tripulantes e passageiros das embarcações que permanecem no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos”, explicou Fernando Repinaldo, chefe da unidade.

As poitas também têm um impacto positivo sobre a paisagem, já que as áreas utilizadas para fundeio das embarcações costumam ser a mesmas usadas pelos visitantes para a prática do mergulho livre ou snorkeling. O sistema garante, ainda, a proteção dos recifes de corais e bancos de algas e gramas marinhas, importante fonte de alimento para as tartarugas que frequentam a região.

As atividades de manutenção do sistema de fundeio foram custeadas pelo Projeto GEF Mar – Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas, que conta com recursos do Banco Mundial e execução do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), responsável pela contratação de empresa que além da manutenção e recuperação de todas as poitas, fornecerá garantia de 1 ano pela integridade dos equipamentos.

Fonte: Portal Brasil, com informações do ICMBio