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Iphan cuida de 87 conjuntos urbanos protegidos em todo o País

Instituição é responsável pelo registro, pela preservação e pela promoção dos centros históricos


por Portal Brasil


publicado:
27/09/2017 12h56


última modificação:
27/09/2017 12h56

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) responde pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro. Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e seu usufruto para as gerações presentes e futuras.

Sob a tutela do Iphan, os bens tombados se subdividem em bens móveis e imóveis, entre os quais estão conjuntos urbanos, edificações, coleções e acervos, equipamentos urbanos e de infraestrutura, paisagens, ruínas, jardins e parques históricos, terreiros e sítios arqueológicos.

O instituto cuida de 87 conjuntos urbanos protegidos, sendo 67 tombados, três tombamentos provisórios, 14 rerratificações, um tombamento emergencial, dois anexados (destes dois, um tombado e um tombamento provisório). Conheça alguns conjuntos urbanos tombados pelo Iphan nas cinco regiões do País.

Ouro Preto, Minas Gerais: conjunto arquitetônico e urbanístico

Ouro Preto, principal cidade do Ciclo do Ouro, originou-se da aglomeração de arraiais de garimpo de ouro, estabelecidos entre os séculos 17 e 18.  A cidade mineira foi tombada pelo Iphan em 1938, e declarada patrimônio mundial pela Unesco em 1980, tornando-se o primeiro bem cultural brasileiro inscrito na Lista do Patrimônio Mundial. O município é importante para a cultura e a história nacionais, por ter abrigado artistas que fizeram obras importantes durante o período barroco, como Aleijadinho, e ainda por ter sido o local onde ocorreu a Inconfidência Mineira, movimento pela independência do Brasil de Portugal, em 1789.

Viçosa, Ceará: conjunto histórico e arquitetônico

A cidade de Viçosa fica na Serra de Ibiapaba, noroeste cearense, e foi construída em um santuário ecológico a 740 metros de altitude, cercada de vegetação nativa e fontes de águas. Em 2003, o Iphan tombou o conjunto histórico e arquitetônico da cidade, que é considerada uma das mais importantes vilas de índios do Brasil do século 18. Foram tombados, entre outros monumentos, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção — a mais antiga do Ceará, construída pelos jesuítas, entre 1691 e 1700 —, o Teatro D. Pedro II, de 1909, e o Solar dos Pinho Pessoa (foto), de 1850.

Corumbá, Mato Grosso do Sul: conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico

A cidade se originou, em 1778, com a expansão e a colonização do oeste brasileiro e da necessidade da implantação de pontos estratégicos militares para impedir o avanço dos espanhóis em busca de ouro. Era considerada um centro de influência na zona de fronteira entre o Pantanal (Brasil) e a região do Chaco (Bolívia e Paraguai). Situada no pantanal sul-matogrossense e à margem do rio Paraguai, Corumbá é também conhecida como a “Capital do Pantanal” e “Cidade Branca”, devido à cor de suas terras, ricas em calcário. A Praça da República (foto) é um dos espaços históricos da cidade, que teve o conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico tombado pelo Iphan em 1993.

Antonina, Paraná: centro histórico

Antonina, fundada em 1648 pela atividade mineradora, é situada no litoral do Paraná, entre a Serra do Mar e a Baía de Paranaguá, e teve o centro histórico tombado pelo Iphan, em 2012, devido aos valores históricos e paisagísticos. A área protegida é composta de edifícios com características do período colonial brasileiro, eclética e art déco, com calçamento de pedras e ruínas. Foram tombados o Complexo das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM), datado de 1914, e a Estação Ferroviária de 1892, entre outras construções.

Natividade, Tocantins: conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico

A cidade de Natividade surgiu em 1734, durante a expansão da atividade mineradora do começo do século 19 no Centro-Oeste. Atualmente, a cidade tem uma estrutura urbana colonial, com arquitetura simples e fachadas que remetem a dois períodos distintos: as mais simples estão relacionadas à mineração do século 18 e as mais ornamentadas à pecuária, a partir do século 19. A cidade foi tombada pelo Iphan em 1987, e conserva o traçado original, assim como as as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (foto), considerada um dos símbolos do Tocantins.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Iphan