Portal Brasil

José Graziano é candidato à reeleição ao cargo de diretor-geral da FAO

Brasileiro não tem concorrentes ao posto mais alto da Organização das Nações Unidas para o combate à fome. Eleição ocorrerá durante 39ª Conferência


por Portal Brasil


publicado:
05/06/2015 16h58


última modificação:
05/06/2015 17h00

O brasileiro José Graziano da Silva, 67 anos, é candidato à reeleição ao cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Ele é o único candidato ao cargo que tem mandato de quatro anos. A eleição será realizada durante a 39ª Conferência da FAO, que começa neste sábado (6) e vai até dia 13 junho.

Graziano da Silva está no cargo desde janeiro de 2012. Antes de ser eleito para o posto máximo da organização, ele foi diretor-geral adjunto e representante da FAO para a América Latina e Caribe entre 2006 e 2011. No Brasil, ele foi responsável pelo desenho e a implementação, em 2003, do programa Fome Zero.

De nacionalidade brasileira e italiana, Graciano é formado em Agronomia com Mestrado em Economia Rural e Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e Doutorado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas. Além disso, concluiu dois Pós-Doutorados, um sobre Estudos Latino-Americanos, pela University College of London, e o outro sobre Estudos do Meio Ambiente, pela University of California, em Santa Cruz.

Conferência

Cerca de 130 ministros, 12 chefes de Estado e outros representantes de alto nível dos 194 países membros da FAO vão participar da conferência. Durante o evento, os países que alcançaram as metas internacionais de combate à fome receberão prêmios. Ainda na Conferência, será aprovado o programa de trabalho e o orçamento da Organização para os próximos dois anos.

Diversas autoridades de alto nível são esperadas na Conferência. Sergio Mattarella, presidente da Itália fará a abertura da Conferência no dia 6 de junho, seguido de um discurso da presidente do Chile, Michelle Bachelet.
Ainda no sábado, o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva vai ser o orador da Conferência em memória de McDougall. Ele vai abordar questões de segurança alimentar e nutricional.

Outros líderes mundiais devem participar da Conferência, entre eles, os presidentes da Argentina, Fiji, Gabão, Myanmar, Togo e Venezuela.

.

 

Luta contra a fome

No domingo (7), a cerimônia terá um momento especial. A FAO vai reconhecer e premiar os 15 países que alcançaram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Essas nações demonstraram um avanço extraordinário na erradicação da fome extrema.
Angola, Bolívia, China, Costa Rica, República Dominicana, Gabão, República Democrática Popular Lau, Máli, Myanmar, Moçambique, Nepal, Omã, Ilhas Salomão, Suriname, e Uzbequistão serão reconhecidos por terem conseguido alcançar a meta número um dos ODM de reduzir pela metade a proporção de pessoas em seus países que sofrem de fome crônica, ou a meta mais rigorosa estabelecida na Cúpula Mundial da Alimentação (CMA) de reduzir pela metade o número total de pessoas que passam fome.
No geral, a maioria – 72 de 129 – dos países monitorados pela FAO atingiu a meta dos ODM, sendo que as regiões em desenvolvimento como um todo estão quase atingindo a meta. Além disso, 29 países cumpriram a meta mais ambiciosa da CMA.

Eventos paralelos

Diversos eventos paralelos serão realizados durante toda a semana. Destaque para um painel de discussão sobre os principais desafios da segurança alimentar enfrentados pelos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvendo (SIDS), que vai contar com a participação dos primeiros-ministros dos países que integram os SIDS.
Outros eventos paralelos vão tratar dos desafios de desenvolvimento enfrentados em diferentes regiões, como por exemplo, a escassez de água no Norte e no Nordeste da África, a agricultura familiar e o desenvolvimento territorial rural na América Latina e Caribe, e as iniciativas regionais de arroz na Ásia e no Pacífico.

 

Fonte:
Portal Brasil com informações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)