Dilma disse desejar o fim do ódio, da intolerância e do preconceito contra mulheres, orientações sexuais e índios
por Portal Brasil
publicado:
20/04/2016 21h00
última modificação:
22/04/2016 16h10
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta quarta-feira (20), que irá lutar em todos os níveis contra o que chamou de “eleição indireta transvestida de impeachment”. A declaração foi feita durante entrevista concedida a blogueiros no Palácio do Planalto. Segundo a presidenta, o governo, apesar de respeitar a legislação e a representatividade do Congresso, considera ilegítima e distorcida a forma como se deu o rito do pedido de interrupção do seu mandato.
“Lutarei em todas as trincheiras que eu puder para derrotar esse golpe, onde for necessário eu vou. […] Uma coisa é respeitar, outra coisa é saber que o rito foi inteiramente permeado de cerceamento à defesa e desvio de poder por parte de quem o conduzia”, disse antes de afirmar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, representa “o pecado original” do processo de impeachment.
Confiante em relação à continuidade do seu governo, Dilma disse que chegou o momento de se provar quem são os verdadeiros democratas do Brasil.
“Quem vai respeitar a Constituição Federal neste País? Estou sofrendo o pior dos agravos, que é ser condenada injustamente. […] Eles não me afastarão, eu continuarei sendo a presidenta da República. Não acho que seja algo decisivo. Tenho de manter o que sou, sou presidente da República Federativa do Brasil, eleita por 54 milhões de votos.”
Questionada sobre que País espera deixar para o seu neto, Dilma disse desejar o fim do ódio, da intolerância e do preconceito contra mulheres, orientações sexuais e índios.
“Quero um País em que o meu neto olhe para o povo brasileiro e lembre sempre que ele, o brasileiro, é o guardião de tudo que nós temos de melhor. Então, que ele saiba ter um padrão de julgamento, em que ele defenda aqueles que mais precisam e que ele viva num País melhor do que eu vivi. Acho que ele vai vier, porque eu vivi uma parte da minha vida na ditadura, estou vivendo na democracia. E acredito que nós vamos assegurar que essa democracia inclua, desenvolva, que eticamente seja intolerante e não incite o ódio nem o bullying.”
Fonte: Portal Brasil, com informações do Blog do Planalto