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Mais de 85 mil profissionais garantirão a segurança nos Jogos Olímpicos

Ministério da Justiça investe R$ 350 milhões em segurança, destinados à aquisição de equipamentos, treinamento e em ações antiterrorismo


por Portal Brasil


publicado:
28/04/2016 08h30


última modificação:
28/04/2016 14h09

Um contingente de mais de 85 mil profissionais, sendo 47 mil de segurança pública, defesa civil e ordenamento urbano e 38 mil das Forças Armadas, será empregado para garantir a segurança nos Jogos Rio 2016, maior evento esportivo já realizado na América do Sul. 

O Ministério da Justiça está investindo R$ 350 milhões em segurança para a competição, empregados na aquisição de equipamentos de proteção individual, ferramentas de treinamento, ações antiterrorismo, capacitação de policiais, bombeiros e guardas municipais, ampliação do sistema de monitoramento, aprimoramento de comando e controle, bem como na melhoria da estrutura das forças de segurança e defesa civil.

Esses investimentos se somam aos R$ 1,17 bilhão que já foram aplicados antes da Copa do Mundo de 2014 e que não serão destinados apenas para os grandes eventos, mas ficarão como legado de segurança.

“O Brasil está preparado. Nenhum outro país do mundo recebeu uma sequência de grandes eventos como nós. Tivemos os Jogos Pan-americanos de 2007, a Rio +20, Jornada Mundial da Juventude, Copa das Confederações, Copa do Mundo e agora teremos o maior de todos esses eventos, que são os Jogos Olímpicos. Essa experiência nos permitiu avançar e amadurecer a cada etapa cumprida”, destacou Andrei Rodrigues, titular da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (Sesge/MJ) e coordenador nacional de segurança dos Jogos Rio 2016.

“Um dos principais aprendizados que fica, e sem dúvida o mais importante legado em termos de segurança pública, é o da integração entre as instituições”, observa o secretário. “Os desafios são grandes, mas o Brasil vem se preparando a longo prazo para o evento, com realização de intercâmbios entre instituições nacionais e internacionais, capacitações, treinamentos, aquisição de equipamentos, dentre outras ações”, complementa.

A operação de segurança na prática já começou. Sob a coordenação da Sesge, o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília, iniciou, no dia 25 de abril, a Operação de Segurança no Revezamento da Tocha Olímpica. A chama, que foi acesa na Grécia na semana passada, chegará ao Brasil na próxima terça-feira (3).

O trabalho de monitoramento é realizado de forma integrada por representantes da Sesge, da Força Nacional de Segurança Pública, do Departamento da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento da Polícia Federal, além do Comitê Rio 2016.

A Sesge vem testando o modelo de segurança integrada que será empregado nas competições olímpicas. Nos últimos meses, diversos eventos-teste do Aquece Rio foram cenário para treinamento de instituições que serão empregadas durante o chamado “games time“. Na última semana, o Qualificatório Final de Ginástica, realizado na Arena Olímpica do Rio – local onde ocorrerão as competições olímpicas – ativou os Centros Integrados de Comando e Controle  e emprego das mesmas instituições que farão a segurança dos jogos.

O modelo já foi testado nas competições de hipismo, badminton, hóquei sobre grama e canoagem slalom, além de modalidades em ambientes abertos, que oferecem desafios adicionais em termos de segurança, como triatlo, paratriatlo, remo e ciclismo de estrada. Em maio, ocorrerá o último evento-teste com operação da segurança integrada: o de Atletismo Paralímpico, dos dias 18 a 21.

Para proporcionar a segurança e tranquilidade esperadas durante os Jogos Rio 2016, a Sesge conta com a parceria de instituições das três esferas públicas (federal, estadual e municipal), além do Comitê Organizador Rio 2016, da área privada e de cooperação internacional. “Ninguém consegue fazer um evento do porte dos Jogos Olímpicos de maneira isolada. Nosso objetivo é ampliar o quanto possível nossas relações, nossas parcerias, nossas trocas de informações, para que possamos ter um ambiente realmente muito seguro”, explica Andrei Rodrigues.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Justiça