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Ministério da Saúde lança bolsa para residente em medicina da família

A expectativa do governo é formar mais 10 mil preceptores até 2018, chegando a 14,2 mil profissionais


por Portal Brasil


publicado:
05/10/2015 17h39


última modificação:
05/10/2015 17h39

Os médicos que ingressarem na residência em Medicina Geral de Família e Comunidade, entre 2016 e 2018, poderão participar de curso de especialização em preceptoria, que é uma forma de supervisão, por meio de tutores. A capacitação será ministrada de forma simultânea à residência em medicina da família, garantindo a formação de tutores dentro do contexto de expansão das vagas de residência previsto pelo Programa Mais Médicos. 

Os médicos que realizarem o curso receberão bolsa mensal no valor de R$ 2.500, custeada pelo Ministério da Saúde – além da que já fazem jus como residentes – e, ao final, estarão capacitados para exercerem a supervisão. O preceptor é um indivíduo responsável, na área médica, por conduzir e supervisionar, por meio de orientação e acompanhamento, o desenvolvimento dos médicos residentes nas especialidades de um hospital.

A expectativa do governo federal é formar mais 10 mil preceptores até 2018, chegando a 14,2 mil profissionais. Com essa ação, será garantido, no mínimo, um tutor para cada três residentes, que é um dos requisitos exigidos para abrir novas vagas de especialização.

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, enfatiza a importância da ação para a formação de especialistas. “O Programa Mais Médicos vai abrir, até 2018, 12,4 mil vagas de residência médica, e Medicina Geral de Família e Comunidade é a maior. Para garantirmos essa expansão, precisamos formar médicos preceptores, pois não existe residência sem preceptoria. O curso vai dar um grande impulso nesse sentido”, explica.

O curso tem duração de dois anos, e será ministrado semipresencialmente por instituições de ensino de referência. Uma das atividades previstas para os alunos residentes é o acompanhamento dos estudantes de graduação que estejam realizando internato (atividades práticas do curso de medicina) nas unidades básicas de saúde onde aqueles estejam cursando a residência.

O rendimento acadêmico dos participantes da especialização em preceptoria será acompanhado pelas instituições responsáveis pelo curso, que enviarão relatórios mensais ao Ministério da Saúde a respeito do exercício das atividades e do desempenho de cada aluno.

O Plano Nacional de Formação de Preceptores para MGFC também abrange os médicos que já são tutores em residências na área e vai ofertar atividades de aperfeiçoamento a esses profissionais.

Residência

A universalização da residência médica faz parte das ações do Mais Médicos que, estabeleceu até 2018, uma vaga de residência para cada médico formado. Desde 2013, já foram autorizadas 4.742 vagas dentre as 12,4 mil previstas para formação de especialistas. Com a criação de mais três mil bolsas de residência médica no País anunciadas no início de agosto, sendo duas mil financiadas pelo Ministério da Saúde e mil pelo Ministério da Educação, a quantidade de vagas chegará a 7.472 (62% da meta).

As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão prioridade nas novas bolsas, para corrigir o déficit histórico de profissionais nessas regiões. Das novas vagas, 75% são para ampliar a formação de médicos especialistas em Medicina Geral de Família e Comunidade. A ampliação das oportunidades para formação de médicos de família também cumpre a legislação do programa, que transformou a especialização nessa área em pré-requisito para a formação em outras especialidades.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde