Autoridades de países do bloco aprovaram recomendação sobre gênero e educação não sexista e assinaram declaração de apoio à presidenta Dilma Rousseff, alvo de campanha de ódio
por Portal Brasil
publicado:
10/07/2015 00h00
última modificação:
10/07/2015 12h06
Autoridades do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela firmaram acordo para maior participação política da mulher na região durante a 6ª Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher do Mercosul (RMAAM), realizada entre 6 e 8 de julho, em Brasília (DF). Durante o encontro, também foi aprovada recomendação sobre gênero e educação não sexista, além de uma declaração de apoio e solidariedade à presidenta Dilma Rousseff, alvo recente de campanha misógina.
As autoridades recomendaram ainda medidas de fortalecimento da participação da mulher nos espaços de poder e decisão e assumiram o compromisso de unir esforços com vistas à construção de um Parlamento do Mercosul paritário. Foi acertado o intercâmbio de experiências sobre os avanços no enfrentamento das mortes violentas de mulheres por razões de gênero (feminicídio), seja na prevenção, na garantia do acesso à justiça e na reparação dos crimes.
Para a setor de educação, o bloco recomendou o aumento da participação das estudantes da região nas áreas de ciências exatas, tecnológicas e de inovação, além da garantia ao direito ao conhecimento sobre questões de gênero e educação.
Depois de firmados os acordos, as autoridades visitaram a casa da Mulher Brasileira de Brasília, ao lado da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci. A Casa é uma das ações do Mulher, Viver sem Violência, programa do governo brasileiro que se tornou referência em política pública integrada de atendimento à mulher em situação de violência.
Carta de apoio
Na reunião, as autoridades aprovaram uma declaração de solidariedade à presidenta Dilma Rousseff, recente vítima da comercialização de um adesivo lesivo à sua imagem. No texto, as participantes demonstram “irrestrita solidariedade à presidenta Dilma Rousseff, alvo de campanha misógina, que incita a violência sexual e o estupro, ofendendo não só a presidenta do Brasil, mas todas as mulheres. E repudiam veementemente a utilização da violência simbólica como instrumento de discussão política.
E reafirmaram apoio à Secretaria de Políticas para as Mulheres, que solicitou ao Ministério Público Federal, à Advocacia Geral da União e ao Ministério da Justiça do Brasil a investigação e punição cabível, no âmbito da lei, dos responsáveis pela produção, divulgação e comercialização do adesivo para carros.
Fonte:
Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República