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Observatório de Áreas Protegidas da Amazônia é lançado na COP 13

O portal é uma plataforma colaborativa para aumentar a cooperação regional sobre o tema


por Portal Brasil


publicado:
06/12/2016 21h52


última modificação:
07/12/2016 10h06

Na Conferência das Partes (COP) 13, em Cancun (México), foi lançado o Observatório de Áreas Protegidas e Clima da Amazônia. O objetivo é promover uma gestão mais qualificada e integrada de áreas protegidas da Região Amazônica e obter um melhor entendimento sobre sua relação com as mudanças climáticas.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (5) durante o evento paralelo “Áreas Protegidas da Amazônia – Soluções naturais para as mudanças climáticas”, organizado pela Rede Latino-Americana de Parques Naturais e Áreas Protegidas (Redparques), Comissão Mundial de Áreas Protegidas e World Wildlife Fund (WWF).

Para o diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Claudio Maretti, atualmente as áreas protegidas têm enfrentado inúmeros desafios.

“Sabemos que essas áreas são uma das mais importantes estratégias de conservação para alcançar as metas de Aichi. Ainda há muito o que fazer e precisamos continuar trabalhando nesta perspectiva regional se quisermos avançar”, avalia. As metas de Aichi são 20 proposições voltadas à redução da perda da biodiversidade em âmbito mundial.

Observatório

Desenvolvido pelo WWF-Brasil, no âmbito de uma parceria regional com a Redparques, o Observatório de Áreas Protegidas e Clima da Amazônia é uma plataforma colaborativa, que pretende aumentar a cooperação regional sobre o tema, tornando-se base para o intercâmbio de informações para a gestão e as políticas de áreas protegidas.

A plataforma on-line reúne dados espaciais em uma ferramenta web-GIS de fácil manuseio. Além de mapas, os usuários também poderão encontrar publicações, notícias, infográficos e vídeos de diversos países.

“Acreditamos que, além da cooperação regional, o Observatório também vai promover e acelerar o diálogo entre as partes interessadas e contribuir para um processo de tomada de decisão tecnicamente mais sólido para o desenvolvimento sustentável e a conservação da Amazônia”, explica Mariana Napolitano, coordenadora do Programa de Ciências do WWF-Brasil.

Outra proposta é avaliar de perto o progresso da meta 11 de Aichi, que trata da consolidação dos sistemas de áreas protegidas, apresentando os indicadores e o status de alcance da meta na Região Amazônica.

Segundo Mariana, o observatório tem ainda um espaço que oferece análises regionais sobre a integração do papel das áreas protegidas enquanto estratégia para mudanças climáticas e outros documentos de política pública.

Disponibiliza, ainda, links para baixar as principais políticas de mudanças climáticas e áreas protegidas dos países amazônicos – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa.

O evento em Cancún reuniu ainda representantes dos governos do Peru, Colômbia, Equador e Brasil, assim como especialistas em áreas protegidas de organizações como WWF-Brasil e União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) para discutir o papel das áreas protegidas para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (MMA)