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Presidente da COP21 vê condições políticas para novo acordo climático, diz ministra

Izabella Teixeira afirma que “não vivemos mais uma fase de diplomacia ou de negociações”


por Portal Brasil


publicado:
22/11/2015 20h16


última modificação:
23/11/2015 16h08

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o chanceler francês e presidente da COP21, Laurent Fabius, demonstrou otimismo quanto a um possível novo acordo global de redução de gases do efeito estufa. Izabella participou de uma reunião de trabalho neste domingo (22), no Palácio da Alvorada, em que a presidenta Dilma Rousseff recebeu Fabius para tratar da conferência do clima, que começa no próximo dia 30.

“Todos nós estamos otimistas em relação ao resultado de Paris. O chanceler compartilhou conosco uma visão de que há condições políticas para um novo acordo global em torno da redução da emissão de gases de efeito estufa. Não somente quanto à redução das emissões e ao limite do aumento da temperatura em 2º Celsius até 2100. Mas, mais do que isso, o compromisso de não-retrocesso em relação aos resultados que já temos”, destacou a ministra.

Segundo Izabella, para o Brasil, o êxito do encontro em Paris não traduzirá apenas a grande liderança e engajamento do governo da França em realizar a conferência, mas também o sucesso da visão brasileira sobre a busca de uma solução multilateral para as questões ambientais. “A presidenta foi muito enfática em ressaltar que o sucesso de Paris é o sucesso do multilateralismo”, disse a ministra.

Izabella destacou, ainda, que o Brasil aposta em uma solução para o clima com desenvolvimento baseado em uma economia de baixo carbono, com inclusão social para erradicação da pobreza, para as soluções da fome no mundo. Ela disse que “não defende posições que ainda criticam e questionam a mudança do clima”.

Para a ministra, quando o governo brasileiro declarou que levaria para a conferência global a meta de reduzir em até 43% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, deixou claro que o enfrentamento da questão da mudança do clima precisa ser feito com base em soluções concretas, não em argumentações.

“Não vivemos mais uma fase de diplomacia ou de negociações. O momento é de apresentar soluções. E este momento coincide exatamente com o entendimento político do governo francês”, relatou.

Fonte: Blog do Planalto