Com o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, é possível fiscalizar uma faixa ao longo de 17 mil quilômetros de fronteiras
por Portal Brasil
publicado:
11/05/2017 17h52
última modificação:
11/05/2017 18h07
Em janeiro de 2017, o governo federal anunciou o investimento de R$ 450 milhões para manter o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). Desenvolvido pelo Exército Brasileiro, o programa fiscaliza uma faixa de 17 mil quilômetros da faixa de fronteira do Brasil com os 10 países sul-americanos.
Na América do Sul, o Brasil só não faz divisa com Chile e Equador, o que representa um desafio para a segurança nacional. O avanço do crime organizado na região, que compreende áreas de selva amazônica, é uma das principais preocupações das autoridades e onde atuam 21 mil militares atualmente.
Na década de 1950, mil profissionais exerciam a missão de garantir a tríade “integridade nacional, soberania e defesa da pátria” nos 9.762 quilômetros de fronteira brasileira da região com Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. Nessa faixa, as Forças Armadas exercem o chamado poder de polícia em 150 quilômetros, por meio de 24 pelotões e um efetivo de 1,5 mil militares de todo o País.
Armamentos
Além disso, a região ainda abriga grupos dissidentes, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o arsenal de armas das Farc pode inclusive chegar às facções criminosas responsáveis pela atual crise no sistema penitenciário brasileiro.
“Com o acordo de paz [descumprido], o arsenal deles está ficando uma parte na mão dos dissidentes ou mesmo não sendo entregue. Essas armas podem vir a chegar aos nossos centros metropolitanos, agravando a crise de segurança [pública no País]”, ponderou.
Além disso, as tropas militares enfrentam diariamente a pesca ilegal, o tráfico de armas, contrabando, garimpo ilegal, dragas nos rios, imigração ilegal, desmatamento, infrações ambientais, pistas de pouso ilegais, extração ilegal de madeira e tráfico de animais silvestres.
“Tudo isso que ocorre na fronteira vai impactar nos grandes centros urbanos do nosso país e com organizações criminais fomentando”, disse o general Antonio Miotto. Segundo ele, o tráfico internacional de animais silvestres paga valores exorbitantes por uma espécie rara ou em extinção, como a jiboia, que chega a ser negociada por US$ 1,5 mil; a cobra coral verdadeira, por US$ 31 mil; e a arara-azul, que pode valer US$ 60 mil, com destinos a países europeus e aos Estados Unidos.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Defesa e Agência Brasil