Em Belo Horizonte, cerca de 800 pessoas em situação de rua foram beneficiadas em projetos com investimento do governo federal
publicado:
26/07/2017 17h22
última modificação:
26/07/2017 17h24
O Programa Nacional Social (Pronacoop), do Ministério do Trabalho, já mudou a vida de cerca de 9 mil pessoas em situação de rua em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará e Distrito Federal. O investimento do governo federal para organizar, inserir e promover a autonomia econômica dessa população já totaliza R$ 9 milhões.
Só em Belo Horizonte, capital mineira, cerca de 800 pessoas foram beneficiadas, em um investimento de R$ 2,4 milhões. Lá, elas se tornaram sócias em três empreendimentos de economia solidária executados pelo Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (Insea).
Segundo o subsecretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Natalino Oldakoski, os empreendimentos solidários ajudam no desenvolvimento do País. “Por meio do Pronacoop Social e das políticas públicas de Economia Solidária, podemos inserir pessoas em situação de vulnerabilidade ao mundo do trabalho, ressignificando sua identidade social com trabalho decente e renda”, afirma Oldakoski.
Cozinheiros de Rua
O grupo Cozinheiros de Rua oferece coffee break e almoço em eventos de pequeno e médio porte. O grupo também produz bolos e conservas artesanais para comercialização em feiras. Um dos diferenciais é a utilização de peças recicladas para decorar as mesas e servirem os cafés da manhã. Uma das preocupações é ampliar o oferecimento de produtos naturais para atenderem os públicos vegetariano e vegano.
Operações Logísticas
Neste grupo, o empreendedores são responsáveis pela coleta seletiva em eventos municipais e no estádio Mineirão. Os trabalhos são desenvolvidos em parceria com a Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (Asmare). Os integrantes do grupo trabalham ainda com a limpeza do estádio e como vendedores ambulantes em eventos.
Plantação
O grupo Plantação produz e comercializa mudas de flores, verduras e ervas orgânicas, com materiais reaproveitáveis e composteiras.
“São projetos que resgatam o protagonismo, autoestima, ensinam a trabalhar de forma organizada e coletiva. Eles aprendem a importância da autogestão e da valorização do seu trabalho. Desenvolvem relações interpessoais, geram renda. E os envolvidos passam a se sentir donos do seu caminho e de suas histórias. Criam uma consciência política sobre a sua realidade, é transformador”, destaca Luisa Vitral.