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Secretaria de Políticas para as Mulheres repudia feminicídio em Campinas

Segundo os dados do Atlas da Violência 2016, 13 mulheres são assassinadas todos os dias no País


por Portal Brasil


publicado:
02/01/2017 20h59


última modificação:
02/01/2017 20h59

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério da Justiça e Cidadania (SPM/MJC) manifestou, por meio de nota, repúdio ao crime que ocorreu na cidade de Campinas (SP) na noite do dia 31 de dezembro.

“O feminicídio é uma expressão maior de ódio contra as mulheres, e está caracterizado não somente pela morte de Isamara, como das demais mulheres vítimas desta chacina, pois podem ser considerados como feminicídio por conexão”, afirmou a SPM. 

De acordo com o texto, 13 mulheres são assassinadas todos os dias no Brasil, segundo os dados do Atlas da Violência 2016 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o que coloca o País no quarto lugar no Ranking de Violência contra a Mulher.

“O motivo principal desses assassinatos é a cultura do machismo e da misoginia perpetuados no cotidiano de nossa sociedade. Pequenas atitudes machistas com que convivemos todos os dias, que muitas vezes reproduzimos e nem percebemos, causam, em forma mais extremas, crimes bárbaros de intolerância”, ressalta a nota.

A secretaria lembrou a avançada legislação brasileira no combate à violência contra a mulher, como a  Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e a Lei do Feminicídio (Lei nº 13104/2015), e convidou a sociedade a debater o tema e reforçar a luta a favor das mulheres em todos os espaços.

Proteção

“A SPM irá reforçar as campanhas de conscientização e educação pela igualdade entre mulheres e homens. Além de fortalecer as parcerias com o Ministério da Educação, Saúde, entre outras pastas, no sentido de trabalhar o enfrentamento ao machismo”, conclui o texto.

Segundo a secretária especial de Políticas para as Mulheres do Ministério da Justiça e Cidadania, Fátima Pelaes, apesar dos avanços, ainda há muito o que se fazer no enfrentamento à violência.

“Precisamos fortalecer e ampliar essa rede de proteção para que ela chegue a todos os lugares, os mais distantes, nas mulheres ribeirinhas, do campo e da floresta, e nos grandes centros desse país. E na outra ponta, trabalhar duro na prevenção, eliminando de vez essa cultura machista que vivemos, por meio da educação”, disse Fátima.

Fonte: SPM