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Varredura no Presídio Monte Cristo, em Roraima, começou nesta sexta (27)

As tropas enviadas para Boa Vista são de outros estados, por questão de segurança


por Portal Brasil


publicado:
27/01/2017 20h16


última modificação:
27/01/2017 20h16

Varredura das Forças Armadas no Presídio Agrícola Monte Cristo, em Boa Vista, Roraima, começou nesta sexta-feira (27). Segundo o Ministério da Defesa, 335 militares, divididos em 33 equipes, estão vasculhando as instalações da penitenciária.

O anúncio da operação foi feito pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, em entrevista coletiva no II Comando Aéreo Regional (COMAR), no Recife (PE).

“A operação começou às 6h. Tropas do Batalhão de Choque retiraram os presos de um dos pavilhões, para que os militares das Forças Armadas pudessem iniciar a busca por armas, munições, drogas e qualquer objeto que tem servido para potencializar e multiplicar as tragédias nos presídios brasileiros”, disse.

A expectativa é de os militares realizarem a varredura nas quatro alas da unidade prisional até o fim do dia. Mas se isso não for possível, segundo Jungmann, os trabalhos podem ser retomados no sábado (28). De acordo com o ministro, as tropas enviadas para Boa Vista são de outros estados, por questão de segurança. Além disso, ficou condicionado que as Forças Armadas não terão qualquer contado com os presos.

Monte Cristo

A varredura no Presídio Monte Cristo foi cercada de sigilo. Os militares foram deslocados para Roraima durante a madrugada. Quando o dia amanheceu, 250 policiais militares e agentes penitenciários mudaram os presos de um dos quatro pavilhões para o setor de banho de sol. Em seguida, as equipes das Forças Armadas entraram no pavilhão vistoriando paredes, telhados, grades e piso do local.

“Eles utilizam aparelhos de raio X modernos, que foram adquiridos para as varreduras em estádios de futebol e arenas esportivas, durante a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos”, contou o ministro.

Até o início da tarde, dois pavilhões tinham sido vasculhados. O ministro informou que até o fim do dia será divulgado balanço daquilo que foi encontrado na unidade prisional. Segundo ele, toda a operação segue orientações do presidente Michel Temer.

“A atuação nos presídios, conforme determinou o senhor presidente da República, é que façamos uma vistoria completa desses presídios”, afirmou.

Outros estados

Jungmann contou que presídios de outros estados devem passar por varreduras. São eles: Amazonas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Ele explicou que os militares só entrarão em presídios que não apresentem riscos de rebelião ou qualquer tipo de conflito. “Nós estamos em operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Natal. No presídio de Alcaçuz só entraremos quando tivermos informações do serviço de inteligência de que não há risco de acontecer qualquer choque com os detentos”, disse.

O ministro informou que para a atuação das Forças Armadas nos presídios é preciso que o governador faça a solicitação ao presidente da República. Em seguida, o presidente edita o decreto autorizando a medida. Cabe ao Ministério da Defesa, por meio do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) fazer o planejamento e a execução da operação.

Fonte: Ministério da Defesa