Polímero testado na Faculdade de Engenharia Química (FEQ) é biocompatível e poderá ser usado em próteses
por Portal Brasil
publicado:
02/10/2015 00h00
última modificação:
02/10/2015 19h04
Matérias-primas naturais como óleo de mamona e ácido cítrico, o mesmo encontrado na laranja e no limão, podem ser utilizadas em próteses e outras aplicações médicas. A descoberta é de bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pesquisadores da Unicamp.
Esse uso do ácido cítrico já gerou uma patente para a Universidade e é apresentado na tese de doutorado “Síntese de biopolímeros a partir de óleo de mamona para aplicações médicas”, defendida pela pesquisadora colombiana Natalia Lorena Parada Hernández (que é bolsista de Doutorado do CNPq) na Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp. Natalia é orientada pela professora Maria Regina Wolf Maciel, que também é bolsista de produtividade em pesquisa pelo CNPq e do Departamento de Processos Químicos da FEQ.
“O óleo de mamona já foi usado na produção de próteses, só que trazia alguns problemas nas aplicações e reportados na literatura”, explicou o docente do Departamento de Desenvolvimento de Processos e Produtos (DDPP) da FEQ, Rubens Maciel Filho, bolsista em produtividade em pesquisa do CNPq há 15 anos.
“Essa tese tem uma contribuição muito interessante, que é a de agregar valor a um produto que o Brasil produz, que é o óleo de mamona. E todo o conceito e o desenvolvimento desse biomaterial se deu dentro dos preceitos de que não deve atacar, não deve prejudicar o corpo humano em hipótese alguma. Ele precisa ser desenvolvido e produzido sem qualquer tipo de solvente ou produto químico que altere ou que faça mal para o corpo humano. É um desafio você fazer algo realmente só com reagentes que permitam depois o uso desse polímero como biopolímero, compatível com a saúde humana”, completou Maciel.
Fonte: Portal Brasil, com informações do CNPq