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Brasil e Estados Unidos discutem cooperação em defesa

“O Brasil é o nosso maior parceiro na América Latina”, declarou a subsecretária norte-americana Rose Gottemoeller


por Portal Brasil


publicado:
18/04/2016 21h30


última modificação:
19/04/2016 22h47

Os Estados Unidos têm interesse em avançar com a agenda de cooperação na área de defesa com o Brasil. A subsecretária de Estado para Controle de Armas e Assuntos de Segurança Internacional dos Estados Unidos, Rose Gottemoeller, em reunião nesta segunda-feira (18) com o secretário-geral do Ministério da Defesa (MD), Joaquim Silva e Luna, ressaltou ainda que o valor de negócios em produtos de defesa girou em torno de US$ 1 bilhão, entre 2013 e 2014. 

“O Brasil é o nosso maior parceiro na América Latina”, declarou. De acordo com a subsecretária norte-americana, os Estados Unidos desejam ampliar a parceria já desenvolvida com a Embraer no desenvolvimento do Super Tucano. “É um ótimo avião, encaixa-se em vários tipos de missões, e queremos expandir os mercados”. Rose demonstrou interesse também em conhecer o cargueiro KC-390 e o Sistema de Monitoramento de Fronteiras, o Sisfron.

O secretário Silva e Luna explicou que o Ministério busca incentivar a base industrial de defesa por meio de legislações específicas como a Estratégia Nacional de Defesa (END) e outros documentos. “Criamos leis para que as empresas do setor se fortaleçam e possam integrar os grandes projetos de defesa”, ressaltou Silva e Luna. 

O vice-chefe de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, general Fernando Rodrigues Goulart, detalhou o Sisfron para a subsecretária, explicando que a sua atuação vai além da defesa do território nacional, em um trabalho interagências de combate a crimes transfronteiriços e ambientais.

A secretária de Produtos de Defesa, Perpétua Almeida, destacou na reunião que o País procura alternativas de financiamento para os projetos estratégicos de defesa. Perpétua disse que existe uma proposta, defendida pelo ministro Aldo Rebelo e em tramitação na Câmara dos Deputados, que estabelece para o setor de Defesa a aplicação de, no mínimo, 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para Rose Gottemoeller, o papel do Brasil em missões de paz goza de grande reputação. Ela disse que gostaria de ampliar a conversa entre os dois países sobre como estender essa cooperação. A respeito desse tema, Silva e Luna afirmou que o Brasil tem intenção de colaborar em outras missões de manutenção de paz e convidou a representante do governo americano para conhecer o Centro Conjunto de Operações de Paz (CCOPAB), que possui cursos e exercícios regulares para o desempenho de militares em diversas atividades em operações de paz da ONU. A subsecretária estava acompanhada da embaixadora americana no Brasil, Liliana Ayalde, e demais membros do governo americano.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Defesa