Brasil exporta US$ 155 milhões em produtos audiovisuais
por Portal Brasil
publicado:
07/10/2016 16h10
última modificação:
07/10/2016 16h20
Estudo inédito da Agência Nacional de Cinema (Ancine) mostra que o Brasil importou US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 5,1 bilhões) em conteúdo e serviços audiovisuais em 2015. No mesmo ano, o País exportou US$ 155 milhões (cerca de R$ 500 milhões) desses produtos e serviços.
A pesquisa revela ainda que apenas os Estados Unidos importaram US$ 1,1 bilhão, mostrando que os americanos concentram 70% do fornecimento de conteúdo e serviços audiovisuais para o Brasil. Por outro lado, o Brasil exportou apenas US$ 50 milhões para o mercado americano, ou seja, cerca de um terço do total exportado.
“A presença avassaladora da produção de um único país, seja ele qual for, não é benéfica aos povos e aos países. Ela cria uma distorção profunda na maneira de se ver o mundo”, disse o presidente da Ancine, Manoel Rangel.
Segundo ele, esse é um dos motivos pelos quais é importante ter uma política nacional de cinema e audiovisual focado em conteúdo e empresas nacionais. “Se nós não focarmos em valorizar o conteúdo e a empresa brasileira, o Brasil deixa de ter a capacidade de produzir sua própria imagem. Deixa de ter a capacidade de ser ele a interpretar os fenômenos culturais, sociais, políticos, comportamentais que ocorrem no nosso País. E, sobretudo, a gente deixa de ter a capacidade de vender a nossa imagem diante do mundo”, disse.
Participação econômica
Ainda assim, a participação do setor audiovisual na economia brasileira passou de 0,38%, em 2007, para 0,54%, em 2013. O crescimento é de cerca de 42%. O dado é parte de um estudo divulgado pela Agência Nacional do Cinema Ancine), realizado com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Considerando-se o valor agregado do segmento, em valores correntes, o setor do audiovisual passou de R$ 8,7 bilhões, em 2007, para R$ 24,5 bilhões, em 2014. O estudo não traz, no entanto, a participação do setor na economia em 2014.
Televisão aberta
A maior parte desse valor é gerado pelas atividades de televisão aberta (41,5%) e pelas operadoras de TV por assinatura (38,2%). Juntas, essas duas atividades respondem por 80% do valor movimentado pelo setor do audiovisual. Os 20% se dividem entre programação de TV por assinatura (13,5%), atividades de exibição cinematográfica (3,1%), atividades de produção e pós-produção cinematográfica (2,9%), distribuição cinematográfica (0,5%) e comércio e aluguel de fitas e DVDs (0,4%).
Na comparação com 2007, a TV aberta foi a atividade que mais perdeu participação no setor audiovisual, ao cair de 63,7%, em 2007, para 41,5%, em 2014. Já a atividade de programação de TV por assinatura cresceu de 6% para 13,5%.
“Fizemos um novo marco regulatório para o mercado de televisão paga, que removeu barreiras ao seu crescimento e viabilizou a presença do conteúdo brasileiro no mercado de TV paga, aumentando sua aderência aos interesses dos cidadãos brasileiros”, finalizou o presidente da Ancine.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil