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Castanhas contra Alzheimer e teste do leite: jovens cientistas estão mudando o Brasil

Premiação é um dos maiores incentivos para o envolvimento de jovens com a pesquisa científica no País


por Portal Brasil


última modificação:
15/09/2015 20h09

A presidenta Dilma Rousseff entregou, nesta terça-feira (15), em Brasília, as premiações daquele que é um dos maiores incentivos para o envolvimento de jovens com a pesquisa científica no País: o prêmio Jovem Cientista. Criado em 1981, a premiação busca, além de impulsionar a pesquisa científica brasileira – investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram soluções inovadoras para os desafios da sociedade.

Um desses jovens talentos – revelados pela 28° edição do prêmio – é a estudante Joana Pasquali do Colégio Mutirão de São Marcos, do município de São Marcos, no Rio Grande do Sul. Vencedora da categoria Ensino Médio, Joana desenvolveu uma fita capaz de identificar substâncias que indicam adulterações no leite, após a divulgação de um esquema de adulteração do produto, no Rio Grande do Sul, que teve repercussão em todo o País.

Em entrevista, ela explicou que desenvolveu o projeto para que os próprios consumidores pudessem verificar em casa a qualidade do leite consumido. Além de destacar a importância do estímulo que recebeu durante todo o Ensino Médio para o desenvolvimento de pesquisas científicas no colégio.

“Na minha escola a gente trabalha com pesquisa científica ao longo de todo o Ensino Médio, nos três anos. Então, quando eu estava no 3º ano, eu e uma colega começamos esse trabalho e a gente apresentou na feira da escola”, contou.

E afirmou que o prêmio que recebeu hoje, das mãos da presidenta Dilma, representa para ela uma motivação para continuar na área da Pesquisa e Inovação. Joana cursa hoje o primeiro semestre do curso de Engenharia de Materiais da Universidade de Caxias do Sul.

Quem também considera que o Prêmio Jovem Cientista tem aberto portas para sua carreira acadêmica é o estudante de Arquitetura e Urbanismo, Deloan Mattos Perini, da Universidade Federal da Fronteira Sul, do município de Erechim, também no Rio Grande do Sul. Deloan venceu a categoria Ensino Superior do Prêmio Jovem Cientista.

O estudante desenvolveu um projeto de agricultura urbana, que procurou aliar o aproveitamento de imóveis desocupados de sua cidade com a produção de alimentos orgânicos. Segundo Deloan, “a ideia do projeto veio com o objetivo de aproximar as pessoas dos alimentos orgânicos, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas e de requalificar os espaços urbanos”.

Hoje, o projeto desenvolvido pelo estudante já está em implantação pela prefeitura de Erechim e ele espera que a ideia possa servir de modelo para diversas outras cidades brasileiras.

Já a preocupação com a garantia da saúde diante do envelhecimento populacional foi o que motivou a hoje doutora pela Universidade de São Paulo (USP), Bárbara Rita Cardoso, a estudar os efeitos do consumo da Castanha do Brasil – como foi rebatizada a Castanha do Pará – para a redução do risco do desenvolvimento do Mal de Alzheimer para pacientes na terceira idade. Bárbara foi vencedora da premiação na categoria Mestrado e Doutorado.

“Nós sabemos que a doença de Alzheimer é uma doença muito prevalente hoje em dia e a tendência é que a prevalência aumente, uma vez que a população está envelhecendo. Quando nós conseguimos perceber intervenções alimentares que são simples de serem feitas e podem reduzir o risco para a doença, a população como um todo se beneficia”, afirmou em entrevista ao Blog do Planalto, destacando que – com o objetivo de evitar a doença – garante sua Castanha do Brasil diariamente.

Além de acrescentar que o prêmio Jovem Cientista representa não só o reconhecimento do seu esforço pessoal, como de toda comunidade científica brasileira.

Fonte: Blog do Planalto