Setor de desenvolvimento de jogos é um dos que mais cresce no País, que arrecadou R$ 1,3 bilhão no ano passado
publicado:
30/01/2018 19h18
última modificação:
30/01/2018 19h34
Foto: Unplash
Jogos de videogame já deixaram de ser coisa de criança e viraram profissão para muitos adultos. Hoje, 66,3 milhões de brasileiros são jogadores regulares, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames). O número torna o Brasil um mercado consumidor em expansão para esses produtos – o 13º maior do mundo quando se trata de vendas de jogos eletrônicos.
Por isso, o Ministério da Cultura lançou o curso a distância “O setor de games no Brasil: panorama, carreiras e oportunidades”, para capacitar quem quer se especializar na área.
Diversidade de funções
A cadeia de produção de jogos envolve uma diversidade de profissionais. Roteiro, desenho de cenários, trilha sonora e animações com modelagem em 2D e 3D, até a programação de suas funcionalidades, são necessários. Além disso, também é preciso divulgar o projeto em redes sociais e defender a ideia para possíveis clientes. Por isso, há espaço para formados em audiovisual, música, computação gráfica, desenho industrial, marketing e comunicação.
Mercado
Segundo a diretora executiva da Abragames, Eliana Russi, “a cadeia é bem eclética, com bastante possibilidade de encaixe dos profissionais”. Ela ressaltou que esse é um “setor que está crescendo muito rápido e muito forte”.
“Hoje em dia o vídeogame tem sido muito mais levado a sério, não é só para criança. É um entretenimento como qualquer outro. Há vários gêneros, para todas as idades e tipos: desde os puramente de reflexo até jogos de mais raciocínio”, explica o designer de jogos Hugo Vaz, que trabalha em uma das maiores empresas do setor no País.
Oferta de vagas
Quem volta seus estudos para a área de games encontra no País boas oportunidades de trabalho. Segundo levantamento da Apex-Brasil, 300 empresas atuam no setor. A maior parte delas está concentrada em São Paulo. Hugo Vaz começou na Behold há oito anos como estagiário e hoje conseguiu se consolidar na empresa.
“O conhecimento em desenvolvimento de jogos está por todo lado: há livros e cursos disponíveis. Para fazer um bom jogo basta prática e persistência e conhecer o mercado. Dá para se viver disso”, ponderou o designer. Dados da Abragames mostram que o País é o 4º maior consumidor de games do mundo. Por isso, Eliana Russi afirma que o cenário para desenvolvedores é animador.
Capacitação
Por lidar diretamente com tecnologias, as mudanças e inovações no universo dos games é constante. Portanto, é preciso estar antenado com as novidades. “Para ser um bom desenvolvedor, tem que ter a mente aberta e jogar todo dia todo tipo de coisa”, aconselha Vaz. “Saber o que é divertido, o que o pessoal gosta, o que está em alta ou em baixa, conhecer o mercado e os processos, o que torna um jogo uma ideia possível de ser um projeto é essencial”, completou.
Oportunidades
Com o surgimento de novas plataformas, como tablets e smatphones, houve ainda a democratização da oferta de jogos. Assim, as possibilidades para desenvolvedores também se ampliaram. “Há muito potencial para trabalhos autorais. E, como o acesso a esses jogos está relativamente simples em celulares e lojas on-line, é relativamente comum ver uma pessoa conseguir fazer um projeto vingar”, disse Vaz.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Ministério da Cultura, Abragames e BNDES