Na Califórnia, presidenta reuniu-se com presidente do Google e representantes de universidades americanas para discutir a ampliação de parcerias nas áreas de educação e o intercâmbio em inovação tecnológica
publicado:
01/07/2015 19h39
última modificação:
02/07/2015 10h37
Na última etapa de sua visita aos Estados unidos, a presidenta Dilma Rousseff cumpriu extensa agenda de compromissos na Califórnia. Nesta quarta-feira (1°), Dilma visitou um dos mais importantes centros na área de inovação tecnológica do planeta, o SRI International, na Universidade de Stanford. Ela também foi recebida na sede do Google e reuniu-se com representantes das universidades da Califórnia e de Berkeley, além de executivos de empresas de tecnologia norte-americanas.
“Estamos honrados em receber a presidente do Brasil e sua delegação no Google, onde podemos compartilhar com ela nossa cultura e nossa estratégia para resolver grandes problemas”, afirmou o presidente da empresa, Eric Schmidt. O executivo ressaltou que a visita é oportuna, uma vez que ocorre no momento em que o Google completa dez anos de atividades no Brasil.
Segundo ele, trata-se de um país que tem a “sorte de ter uma das populações mais experientes do mundo em tecnologia digital , uma comunidade de desenvolvedores incrivelmente grande e ativa e um imenso potencial em inovar em escala mundial nos próximos anos”.
Dilma demonstrou interesse no Projeto Loon, do Google, que permite a conexão à internet em áreas remotas por meio de balões estratosféricos, dispensando estruturas físicas em solo.
“Nós sempre estamos tentando equacionar o problema da comunicação, por exemplo, na Amazônia. E o sistema de balões que eles estão em vias de lançar, pode, de fato, trazer ao Brasil uma oportunidade para interconectar a Amazônia sem grandes custos, uma vez que os balões não exigem que, embaixo, você tenha um receptor sofisticado, basta um celular”, disse Dilma. “Precisamos acabar com a exclusão digital no Brasil”, afirmou a presidenta.
A primeira experiência do Projeto Loon permitiu a crianças de uma escola no interior do Piauí, na comunidade Água Fria, a ter aulas de geografia conectadas à internet. A região não possui qualquer infraestrutura de rede. De acordo com dados do Google, o Brasil é o quinto país com mais pessoas conectadas na rede e, no entanto, também está em oitavo colocado no ranking dos países desconectados.
Carro autônomo
Na sede do Google, a presidenta andou no carro autônomo Lexus, desenvolvido pela empresa. “Acreditamos que o potencial máximo da tecnologia só poderá se totalmente explorado quando um veículo for capaz de dirigir de forma autônoma de um lugar para outro apenas com o toque de um botão, sem intervenção humana”, afirmou o Google, em comunicado oficial.
O Google possui dois escritórios no Brasil, um em São Paulo e outro em Belo Horizonte. Na capital mineira, a empresa instalou o Centro de Engenharia da América Latina, que emprega mais de 100 engenheiros de sete países e 12 estados brasileiros. A instalação produz tecnologia em escala global. Em cada dez buscas globais, duas respostas são capturadas por um código escrito pelo engenheiros do centro.
Centro tecnológico
Na sede do SRI International, o antigo Instituto de Pesquisa da Universidade de Stanford, a presidenta Dilma e a comitiva brasileira foram recebidos por Bill Jeffrey, presidente da organização e PHD em Astronomia. Sem fins lucrativos, o SRI desenvolve pesquisas nas áreas de saúde, sistemas de computação, robótica, educação e tecnologia, segurança nacional, desenvolvimento econômico, ambiental e entretenimento.
Inventor do primeiro mouse de computador, o instituto também está por trás da criação do robô Durus, projeto apresentado à comitiva brasileira durante a visita.
Durante a manhã, Dilma Rousseff encontrou-se com a presidenta da Universidade da Califórnia, Janet Napolitano, e com o reitor da Universidade de Berkeley, Nicholas Dirks. Os três conversaram sobre parcerias na área de educação e o intercâmbio de pesquisadores entre instituições dos dois países.
Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, o governo federal manifestou interesse em que pesquisadores, professores e estudantes norte-americanos estejam presentes em centros e institutos de universidades brasileiras.
Participaram da reunião o ministros da Educação, Renato Janine Ribeiro, além de representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Fonte:
Portal Brasil