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Ex-presidente da Câmara: Ser contra impeachment é defender processo democrático

Arlindo Chinaglia critica ‘cassação de 54 milhões de votos’; deputado da Rede faz oposição ao governo, mas diz que processo está ‘contaminado’


por Portal Brasil


publicado:
12/04/2016 20h08


última modificação:
12/04/2016 20h08

O deputado-federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), ex-presidente da Câmara, se posicionou terça-feira (12) em favor da manutenção do mandato da presidenta Dilma Rousseff, afirmando defender “valores” ameaçados por um processo conduzido sem comprovação de crime de responsabilidade. “Já não é mais a defesa do governo. É a defesa do processo democrático, porque cassar 54,5 milhões de pessoas que votaram [em Dilma] por um Congresso numa eleição indireta não me parece razoável”, afirmou.

Chinaglia avalia haver “um movimento em defesa da democracia cada vez maior na sociedade”. Segundo ele, a derrubada do impeachment é importante para vencer aqueles que colocam em “risco a própria estabilidade” da economia brasileira. “O impeachment agravou os problemas econômicos. É por isso que eu acho que nós temos linhas de argumentos que são bastante fortes”, disse.

A posição do ex-presidente da Câmara é acompanhada pelo novato Aliel Machado (Rede-PR), que chegou ao parlamento no ano passado para seu primeiro mandato, após passagem como vereador em Ponta Grossa. Machado é oposição ao governo Dilma – entre outros motivos, por discordar da política econômica conduzida pela presidenta.