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Força Aérea capacita 30 especialistas em operações com cães de guerra

Esse será o último curso oferecido nesses moldes. A FAB trabalha, agora, em uma legislação que vai padronizar a doutrina de emprego de cães para as unidades de todo o País


por Portal Brasil


publicado:
29/10/2016 10h02


última modificação:
29/10/2016 10h02

O Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Recife (Binfae-RF) formou trinta novos especialistas em cinofilia, cinotecnia e condução de cães farejadores.

O curso teve duração de três semanas e capacitou os militares para emprego do cão de guerra em diversas atividades de segurança.

Além de pessoal da própria Força Aérea Brasileira, foram formados representantes do Exército e da Guarda Municipal de Vitória de Santo Antão (PE).

De acordo com o Tenente Marco Aurélio Souto, coordenador do estágio, cinofilia se refere ao estudo da criação canina (vacinação, cuidados veterinários, etc.) e cinotecnia ao treinamento e adestramento dos cães.

Durante o estágio, foram ministradas instruções como pista de obstáculos, técnicas verticais (como rapel), condução dos cães de faro, comandos de disciplina e ataque e transposição de cursos de água.

O veterinário afirma que esse será o último curso oferecido nesses moldes, pois a Força Aérea Brasileira (FAB) está trabalhando em uma legislação que vai padronizar a doutrina de emprego de cães para as unidades de todo o País. A partir de 2017, o Binfae-RF irá centralizar o curso de adestradores.

Já o estágio de condutores de cães será realizado pelos comandos aéreos regionais. A grande diferença é que está em processo final de aprovação pelo Comando-Geral de Operações Aéreas (Comgar) uma Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) para padronização das operações com cães na FAB.

O documento foi elaborado a partir de um currículo e de um manual construídos pelo Binfae-RF com a colaboração de médicos veterinários e operadores de diversos canis da FAB, além de outros órgãos. Até agora, o emprego de cães na FAB era organizado por normas regionais.

“Com essa nova ICA, que deve ser assinada nos próximos meses, de Manaus a Santa Maria, falaremos a mesma língua no que se refere ao funcionamento dos canis”, explica o Tenente Souto.

O emprego do cão nas operações militares é de grande relevância. O veterinário afirma que as principais Forças Armadas no mundo, como a Royal Air Force, valem-se dos cães para aproximadamente 70% das suas operações.

“Para se ter uma ideia, o Exército Israelense utiliza cães à frente das suas unidades de patrulha, para identificação de minas terrestres”, exemplifica.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Força Aérea Brasileira