Controle da inflação, reformas da Previdência e trabalhista estão entre as prioridades do ministério da Fazenda
publicado:
13/05/2016 16h26
última modificação:
16/05/2016 10h22
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, nesta sexta-feira (13), que as prioridades do novo governo serão o reequilíbrio e a sustentabilidade dos gastos públicos, as reformas da Previdência e a trabalhista, a renegociação das dívidas dos Estados, a garantia e o aperfeiçoamento dos programas sociais, além de trazer a inflação para o centro da meta.
Meirelles assegurou que as decisões serão tomadas e anunciadas com calma, após uma análise criteriosa dos dados da gestão anterior, o que é essencial para passar ao mercado e à sociedade confiança nas ações.
“É muito importante que as medidas sejam consistentes, sejam tomadas e não sejam revertidas. Temos preocupação com metas que são anunciadas e depois não se confirmam. Deficit público, déficit fiscal, que depois são maiores que aqueles que foram anunciados. Temos pressa, mas, por outro lado, é importante que a avaliação e as medidas sejam definitivas”, afirmou Meirelles no início da entrevista.
Previdência
O ministro explicou que a reforma da previdência social será encaminhada após o recebimento dos estudos que já estão sendo realizados. O objetivo é tornar o sistema de aposentadorias autossustentável no longo prazo.
“A reforma Previdência é uma necessidade evidente. Mais importante até do que a pessoa saber em moeda de hoje o benefício que terá, é ter segurança que ele vai receber aposentadoria.”
Tributos
De acordo com Henrique Meirelles, o governo entende que o nível tributário do País é elevado, o que prejudica o crescimento econômico. Contudo, como a prioridade é o equilíbrio fiscal, um tributo temporário poderá sem criado. “Não há dúvida de que devemos ter como meta uma diminuição do nível tributário”, garantiu.
Gastos Públicos
Meirelles explicou ainda que, em breve, anunciará outras ações para redução dos gastos públicos. O governo trabalhará para reduzir a indexação da economia e estabelecer tetos para os gastos da União e dos Estados.
Nesta quinta-feira (12), o presidente interino Michel Temer anunciou o corte de 9 ministérios e afirmou que estudos estão sendo realizados para reduzir cargos comissionados e funções gratificadas.
Em relação à dívida dos Estados, Henrique Meirelles explicou que o governo irá discutir com os governadores uma proposta para ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Esse acordo será analisado, proposto e negociado, independente de quem possa ter proposto alguma coisa. Vamos fazer um acordo que não seja lesivo à União. Vamos estabelecer metas e objetivos de gerência.”
Meirelles reafirmou também que os programas sociais serão avaliados e aperfeiçoados.
Banco Central
Na próxima segunda-feira (16), o ministro Henrique Meirelles anunciará os demais nomes que irão compor a equipe econômica, como os presidentes dos bancos públicos e do Banco Central.
Fonte: Portal Brasil