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Jardim Botânico firma convênio para repatriar flora brasileira

Instituto entra na segunda etapa para contemplar amostras brasileiras que estão depositadas no Jardim Botânico de Kew, no Reino Unido


por Portal Brasil


publicado:
26/06/2015 12h27


última modificação:
26/06/2015 12h27

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) firmou na quinta-feira (25) convênio que prevê o repatriamento virtual de amostras da flora brasileira que estão em instituições estrangeira. As amostras serão incorporadas ao projeto Herbário Virtual.

O programa é uma parceria do Jardim Botânico  com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Consulado Britânico e o Real Jardim Botânico de Kew, do Reino Unido. A iniciativa faz parte do Programa Plantas do Brasil: Resgate Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e a Conservação da Flora Brasileira (Reflora).

O Jardim Botânico entra na segunda etapa do repatriamento de amostras brasileiras, chamadas tecnicamente de exsicatas (planta prensada e, em seguida, seca numa estufa – herborizada, fixada em uma cartolina), que estão depositadas no herbário do Jardim Botânico de Kew.

“Nessa colaboração, em particular, nós celebramos a segunda fase, dos aportes de recursos, tanto do governo britânico, por meio do Fundo Newton, quanto do governo brasileiro”, disse o diretor de Pesquisa Científica do Jardim Botânico, Rogério Gribel.

Gribel lembrou que a primeira fase do convênio foi firmada em 2011, com o repatriamento de amostras do Kew Gardens e do herbário do Museu Nacional de História Natural, de Paris. O diretor informou que atualmente, outras instituições estão envolvidas no projeto.

O Fundo Newton foi criado pelo governo britânico com a finalidade de promover iniciativas que fortaleçam o desenvolvimento social e econômico de países emergentes. O fundo está investindo cerca de 676 mil libras esterlinas, ou o equivalente a R$ 3,2 milhões, o que permitirá a digitalização de 80 mil exsicatas do Kew Gardens. O diretor de Pesquisa Científica informou que está prevista uma contrapartida do governo brasileiro na mesma escala.

Os investimentos na primeira fase do convênio somam R$ 7 milhões e envolveram recursos para bolsas de pesquisadores, investimentos em infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e captura de dados no exterior.

O Jardim Botânico do Rio disponibilizou para o público dados e imagens digitalizadas de 1 milhão de amostras botânicas no Herbário Virtual. Elas incluem amostras da própria coleção da instituição, amostras de outros 17 herbários nacionais e de seis instituições estrangeiras que têm em suas coleções plantas brasileiras, como o Kew Gardens e o Museu Nacional de História Natural, de Paris. O número é considerado pioneiro.

Portal de dados

O Jardim Botânico também lançou o Portal de Dados. Segundo Rogério Gribel, o portal engloba não só as informações do Herbário Virtual, mas também dados sobre conservação da flora e outros sistemas referentes à flora do estado do Rio, entre outros. “São dados vinculados à diretoria de Pesquisa Científica do JB. Ou seja, o portal é maior, muito mais amplo (que o herbário)”, salientou Gribel.

Fonte:

Agência Brasil