Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro (RJ) vai transportar a partir do primeiro semestre de 2016 mais de 300 mil pessoas por dia
por Portal Brasil
publicado:
10/11/2015 19h39
última modificação:
10/11/2015 19h39
Com 80% dos investimentos oriundos do governo federal, por meio do BNDES e do Banco do Brasil, a Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro (RJ), vai transportar, a partir do primeiro semestre de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e vai retirar das ruas mais de 2 mil carros por hora/pico no eixo Barra da Tijuca – Zona Sul. Assim como acontece com as Linhas 1 e 2, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa.
O investimento total, de R$ 10,3 bilhões, envolve 16 km de túneis, seis estações, zonas de manobra e estacionamento de composições, implantação de sistemas operacionais e aquisição de trens.
O Blog do Planalto conversou com cariocas que ganharão muito tempo, que hoje gastam no trânsito, ao trocar o modo de deslocamento atual pelos trens da Linha 4, que vai ligar a Barra da Tijuca a Ipanema, passando por seis estações: Nossa Senhora da Paz, em Ipanema; Jardim de Alah e Antero de Quental, no Leblon; Gávea; São Conrado e Jardim Oceânico, na Barra.
Veja os depoimentos abaixo:
Ângela Neves, digitadora de laudos médicos
“É para trabalho, para não ficar saindo de um transporte para ir para o outro, vai direto. Até mesmo para quem vai para a faculdade ajudaria bastante. A gente ganha em tempo, a verdade é essa. No mínimo meia hora vamos ganhar, porque é o tempo de descer do metrô aqui, no integração, pegar uma integração para ir parar lá. É um tempo que você já continuaria no metrô diretamente.”
Wagner Alviano, morador da Barra da Tijuca
“Trabalho segundas, terças, quartas e quintas em Ipanema. Meu percurso é frequentemente atrapalhado pelo trânsito da cidade. Hoje tenho que sair de casa com 1h, 1h30 de antecedência para cumprir minhas obrigações em Ipanema, Leblon; e, na volta, o trânsito me leva 1h, 1h20 no percurso Ipanema-Barra. Tenho dois filhos, esse, para mim, é talvez o maior propósito de diminuir o trânsito, porque poderei vê-los mais.
Wilzilene Rodrigues, diarista
“[Hoje] tenho que descer aqui na estação General Osório [em Ipanema] e ainda pegar a integração para a Gávea, porque costumo ir ao médico na Gávea. Tenho que pegar a integração do metrô. Mas é bom que não vou precisar fazer isso: descer, subir plataforma nenhuma, porque já vou direto.”
Leonardo Ribeiro, morador da Rocinha e garçom em Ipanema
“O metrô vai me ajudar bastante a vir mais rápido aqui para Ipanema, para o trabalho. Hoje venho de ônibus, às vezes pego engarrafamento, vai me ajudar bastante. Quando não está engarrafado, é rápido, mas quando está engarrafado pega duas horas… O metrô vai ser bem rápido, questão de minutos”.
Wallace Diogo Mesquita, trabalha nas obras da nova linha na carpintaria e na construção de calçadas
“Vai ser benefício não só para as Olimpíadas, mas para o Rio de Janeiro todo e para a minha comunidade também. Moro na Rocinha e lá vai ter uma estação também. Minha família, a família dos meus companheiros que estão trabalhando também. Para a gente é muito gratificante poder apresentar a obra para os meus filhos e falar: ‘o papai trabalhou aqui’; futuramente os meus netos também: ‘o vovô trabalhou aqui’.”
Inaldo Rafael dos Santos, trabalhador da obra do metrô há 5 anos
“Além de ser uma obra que vai atender a todos nós, para o nosso bem, e para filhos e netos que estão vindo aí, é uma obra que vai ficar para o resto da vida. E a gente vê o quanto essa é útil. Esse pessoal aqui que mora no Leblon e todos esses bairros que vão perto da estação, vai poder deixar o carro em casa e ir lá para o centro com o carro guardado na garagem. Então é uma obra que vai ser bom para todo mundo, para morador, enfim, para todos”.
Luciene da Conceição Cruz, motorista de caminhão-betoneira nas obras da linha 4
“Moro na Baixada [Fluminense]. Para chegar aqui à zona sul vai ficar muito mais rápido quando concluir essa linha nova do metrô. Durante as Olimpíadas, ver todo mundo utilizando esse meio de transporte que ajudei a construir, com certeza vai dar um orgulho imenso. Trazer minha família para dar uma volta, um passeio e falar: ‘fiz parte desse projeto aqui também’. Estou bem feliz, bem satisfeita.”
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