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Museu da Imagem e do Som comemora 50 anos

Importante instituição para a preservação da memória artística nacional ganhará nova sede e terá seu acervo digitalizado


por Portal Brasil


publicado:
03/09/2015 13h53


última modificação:
03/09/2015 13h53

O Museu da Imagem e do Som (MIS) completa 50 anos nesta quinta-feira (3). Entre os motivos para celebrar o cinquentenário da instituição, estão duas novidades: a digitalização de seu acervo e a mudança, em breve, para um novo e moderno prédio, que está sendo finalizado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Na noite de quarta-feira (2), foi realizada na Sala Cecília Meireles (localizada na Lapa, centro do Rio) cerimônia para comemorar as cinco décadas do MIS. O evento contou com a presença de diversos representantes da cultura brasileira.

Sobre o acesso virtual ao acervo da instituição, a secretária estadual de Cultura, Eva Rosental, afirmou que o investimento no projeto envolverá alta tecnologia. “Será um museu conectado com o futuro. Temos o projeto do MIS Digital, de uma envergadura enorme. Estamos inaugurando o MIS Copacabana no primeiro semestre de 2016 e já estamos trabalhando no desenho do MIS Digital. É uma coisa gigantesca poder acessar não só no Brasil, mas no mundo.”

O atual acervo do MIS é formado por 304 mil documentos em vários suportes, incluindo 60 mil discos, sendo 17 mil do acervo da Rádio Nacional, e 93 mil fotografias, entre elas as do fotógrafo Evandro Teixeira, que se notabilizou registrando imagens durante as ditaduras militar do Brasil e do Chile. Também fazem parte do acervo 1,1 mil depoimentos de artistas, cineastas, atores, músicos, escritores e jornalistas.

O MIS foi criado pelo crítico musical e historiador da música popular brasileira Ricardo Cravo Albin. “O conceito do MIS se espalhou pelo País. Estive em 17 estados participando da criação de novos museus”, comentou Cravo Albin sobre a relevância e influências do Museu da Imagem e do Som no Brasil.

Para Fernanda Montenegro a importância do MIS é fundamental para a cultura do País. “Está na hora de a gente ter memórias. Na minha área (teatro), ninguém sabe quem é quem. Não deixamos nada além de fotos e o que falaram a seu respeito. Ninguém sabe quem é João Caetano, Dulcina (de Moraes), Procópio (Ferreira). O ator existe enquanto está em cena e vive. Está na memória de quem o viu e está vivo”, declarou a atriz.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil