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“Não dá pra abrir mão do rio Doce”, diz Izabella Teixeira

Multa aplicada à empresa responsável pela barragem que rompeu deve constituir um fundo independente, a ser aplicado na revitalização do rio


publicado:
25/11/2015 18h47


última modificação:
25/11/2015 18h53

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reforçou nesta quarta-feira (25) a posição de que o governo vai trabalhar o máximo possível nos projetos de recuperação do rio Doce, atingido por uma onda de lama após o rompimento de uma barragem com rejeitos de mineração em Mariana, no interior de Minas Gerais. “Recuperar o rio Doce é possível em um compromisso de longo prazo. Levará tempo, mas teremos que fazê-lo. Não dá pra abrir mão do rio Doce. Façamos desse desastre um exemplo de recuperação ambiental neste país”, disse.

A multa de R$ 250 milhões aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis à Samarco será recolhida ao Tesouro Nacional, mas deve constituir um fundo independente, segundo a ministra, para ser aplicado na revitalização do rio.

A ministra descartou a possibilidade de que a lama com rejeitos de minério  atinja o Arquipélago de Abrolhos ou os manguezais de Vitória (ES). Ela explicou que as correntes marítimas seguem para o sul nesta época do ano e a dispersão do material está dentro das projeções. “Estamos avaliando a dimensão do acidente para entender o comportamento [da lama] no mar”, explicou a ministra.

O Arquipélago de Abrolhos localiza-se no Oceano Atlântico, no litoral sul da Bahia, a 250 km da foz do rio Doce. Vitória está a 150 km. 

Fonte: Agência Brasil