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Novo assentamento no norte de Minas vai receber 37 famílias

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, anunciou que R$ 2,2 milhões vai garantir a compra de área no município de Engenheiro Navarro


por Portal Brasil


publicado:
09/05/2016 07h00


última modificação:
09/05/2016 14h01

O governo federal investirá R$ 2,2 milhões na aquisição das terras, em projeto que permitirá o assentamento de 37 famílias de agricultores familiares no município de Engenheiro Navarro, no norte de Minas Gerais. Será realizada a compra da Fazenda Elói Ferreira, que vai receber os novos produtores familiares. 

A decisão foi anunciada, na última sexta-feira (6), pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, durante visita ao assentamento Estrela do Norte, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra Rurais (MST), no município mineiro de Montes Claros.

Patrus expôs aos assentados as principais medidas do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017 que terá aporte recorde de recursos de R$ 30 milhões. 

Mais infraestrutura

O encontro do ministro com os assentados também foi marcado pela visita as obras de construção das instalações da agroindústria da Cooperativa Camponesa Veredas da Terra. Na ocasião, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assinaram convênio com a Rural Minas, do governo estadual, para a execução de obras e implantação de serviços de infraestrutura em assentamentos da região.

A expectativa é que as instalações da agroindústria sejam inauguradas em outubro. Atualmente, a cooperativa já produz arroz orgânico, sementes agroecológicas, café orgânico, feijão, hortaliças, farinha de mandioca e cachaça, bebida que ambiciona exportar a curto prazo para a Holanda e a Venezuela. “Com a nossa produção de sementes, construímos ciência e tecnologia sem veneno”, destacou Felipe Russo, integrante da coordenação do MST em Minas.

Patrus também participou do ato de doação da Fazendinha  terras da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no Instituto de Ciências Agrárias, em Montes Claros. A área de 108 hectares servirá para pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias na área da agroecologia.

Conforme o vice-diretor do Instituto, Hélder dos Anjos Augusto, as pesquisas agregarão técnicas científicas e também populares, como o conhecimento dos povos indígenas, dos povos e comunidades tradicionais, dos assentamentos da reforma agrária e da agricultura familiar. “Nas terras, já definimos as áreas para a apicultura, piscicultura, horticultura e processamento de frutas nativas. Um espaço também foi reservado para os trabalhos da Fundação Nacional do Índio”, explica.

Fonte: Portal Brasil, com informações do MDA