Animais foram apreendidos quando estavam sendo transportados ensacados em quatro embarcações por uma quadrilha de traficantes
publicado:
23/02/2016 17h18
última modificação:
26/02/2016 18h13
Uma operação de fiscalização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) resgatou 115 tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa) no último domingo (21), em Santa Fé, na região do Baixo Rio Branco, no município de Caracaraí, em Roraima.
As tartarugas estavam em poder de traficantes. Por se tratar de uma vasta extensão de tabuleiros de desova, praticamente sem presença humana, a região é alvo de quadrilhas que aproveitam o período de reprodução para capturar as tartarugas.
Os animais foram apreendidos quando estavam sendo transportados ensacados em quatro embarcações por cinco “tartarugueiros” na noite de domingo, já no primeiro dia da operação. Com o grupo, foram apreendidos quatro canoas, quatro motores e um capa-saco de 40 metros, instrumento utilizado para a captura de quelônios (animais de casco).
A operação contou com o apoio de quatro policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para garantir a segurança da equipe.
Segundo o Sargento Tony Robson, as tartarugas seriam transportadas para o Estado do Amazonas, onde seriam vendidas no município de Novo Airão. “Dos cinco presos, dois são de Novo Airão (AM), um de Santa Isabel (AM) e os outros dois das comunidades Caicumbi (RR) e Canauini (RR), ambas no Baixo rio Branco”, relatou.
Os cinco detidos foram conduzidos à sede da Policia Federal (PF) em Roraima, onde foram presos segundo os artigos 29 e 32 da Lei de Crimes contra a Fauna (Lei 9.605/98), com o agravante de se tratar de espécie ameaçada e pela prática de maus tratos, além do artigo 288 do Código Penal, referente à associação criminosa. Após o flagrante, os cinco foram encaminhados ao Presídio Agrícola Monte Cristo, em Boa Vista (RR).
Após a apreensão, todos os animais foram devolvidos com vida ao rio Branco. A operação foi custeada pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), do Ministério do Meio Ambiente.
Fonte: Portal Brasil, com informações do ICMBio