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Papel das Forças Armadas no combate ao Aedes aegypti é destacado por Dilma

Dilma Rousseff e o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, acompanharam trabalhos dos militares para eliminar o mosquito no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília


publicado:
29/01/2016 20h07


última modificação:
29/01/2016 20h07

A presidenta Dilma Rousseff declarou, nesta sexta-feira (29), que as Forças Armadas são essenciais para o sucesso da campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chinkungunya e Zika vírus. Ela e o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, acompanharam trabalhos dos militares para eliminar o mosquito no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília (DF).

“A participação das Forças Armadas é o centro dessa campanha”, disse a presidenta. Ela destacou a capacidade de mobilização, disciplina e poder de conscientização, fatores que permitirão sucesso na mobilização contra o mosquito. “Tudo isso combinado com um fator: a grande credibilidade e respeito que a população brasileira tem pelas Forças Armadas. A gente vê, aqui, que ao treinar um grupo de soldados, você tem uma possibilidade imensa de expandir esse treinamento, essa capacidade de explicar para a população.”

O mutirão no grupamento contou com o trabalho de 250 fuzileiros, que inspecionaram as instalações em busca de possíveis focos do mosquito na unidade naval e nos clubes da Marinha. “A Marinha do Brasil, como a mais antiga das forças, com a sua experiência, com o seu espírito público e noção de interesse nacional, tem dado exemplo de compromisso e de contribuição nessa ação”, afirmou o ministro.

Aldo Rebelo ressaltou a grande responsabilidade das Forças Armadas no enfrentamento dessa crise da saúde pública no Brasil. O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho.

O comandante do Grupamento, capitão-de-mar-e-guerra Marco Aurelio Bruno Cresto, explicou à presidenta os procedimentos adotados, como a aplicação de larvicida em bueiros, o recolhimento de material plástico nas margens do lago Paranoá e a inspeção de telhados e calhas. A presidenta Dilma elogiou o esforço dos fuzileiros na eliminação de possíveis focos dos criadores do Aedes aegypti, conversou com as equipes e recebeu informações da execução do mutirão.

O comandante do 7º Distrito Naval (DN), almirante Marcos Silva Rodrigues, informou à presidenta Dilma que 600 homens e mulheres da Marinha estão mobilizados em todo o Distrito Federal para o combate ao mosquito. 

Na sede do 7º Distrito Naval, foi feito um trabalho de conscientização com catadores de materiais recicláveis e adequação das caçambas de lixo, para evitar o acúmulo de água. “Nosso efetivo tem um papel multiplicador junto à população”, acrescentou o almirante Silva Rodrigues. O comandante também disse que em Santa Maria, cidade do DF, a Marinha realiza um trabalho de esclarecimento para estudantes de uma escola pública, levando informações sobre a gravidade do problema e a responsabilidade de todos os cidadãos no combate ao Aedes aegypti.

O mutirão de limpeza nas 1,2 mil organizações militares espalhadas por todo o Brasil segue até o dia 4 de fevereiro. O objetivo da ação é chamar a atenção para os cuidados necessários contra o mosquito, além de eliminar possíveis focos de proliferação do Aedes nestes locais.

Próximas etapas

A segunda etapa de mobilização das Forças Armadas, prevista para ocorrer no dia 13 de fevereiro, prevê a mobilização de 220 mil homens e mulheres (160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Força Aérea). Esse contingente atuará em 356 municípios, incluindo todas as capitais e as cidades consideradas endêmicas pelo Ministério da Saúde.

Os militares farão a distribuição de material impresso com orientações para que a população se informe e se engaje no combate ao mosquito. No panfleto, que deverá ser entregue em aproximadamente três milhões de residências, também vai constar um número de telefone local para envio de denúncias onde haja proliferação do Aedes aegypti.

Entre os dias 15 e 18 de fevereiro ocorre a terceira etapa, quando 50 mil militares estarão diretamente envolvidos no combate ao mosquito. Essa fase do trabalho será realizada em uma ação coordenada com o Ministério da Saúde e as autoridades locais e terá visitas domiciliares dos efetivos das Forças Armadas, acompanhados de agentes de saúde, para inspecionar possíveis focos de proliferação, orientando moradores e, se for o caso, fazendo aplicação de larvicida em criadouros. A capacitação dos militares que vão atuar no combate ao mosquito está prevista para a próxima semana.

Fonte: Ministério da Defesa