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Plano de segurança dos Jogos conta com cooperação internacional

Núcleos voltados às ações antiterroristas e de segurança terá participação de cerca de 250 policiais de 55 países, além da Interpol, Ameripol e Europol

Parte do planejamento de segurança para a realização dos Jogos Rio 2016 conta com ações de cooperação internacional desenvolvidas pelo governo brasileiro. Essas atividades são coordenadas pelo Ministério da Justiça e Cidadania e incluem intercâmbio policial internacional, com cursos e programas de observadores de grandes eventos. 

O Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) e o Centro Integrado Antiterrorismo (CIANT) terão a colaboração de policiais de outros países. O CCPI faz parte do sistema integrado de comando e controle implementado pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) do Ministério da Justiça e Cidadania.

Durante os jogos olímpicos e paralímpicos, o trabalho do centro de cooperação internacional será conduzido pela polícia federal e irá operar com cerca de 250 policiais de 55 países, além da Interpol, Ameripol e Europol. Todos estarão reunidos em dois centros de comando e controle no Rio de Janeiro e em Brasília, que funcionarão entre os dias 1º de agosto e 19 de setembro.

A primeira edição do Centro de Cooperação Policial Internacional ocorreu na Copa das Confederações da FIFA em 2013, quando foram reunidos 22 policiais de oito países. Durante a Copa do Mundo FIFA 2014, o CCPI foi ampliado e reuniu 205 policiais de 37 países.

A equipe reunida em Brasília atuará, 24 horas por dia, na análise de informações de todos os estrangeiros que venham ao Brasil durante os jogos olímpicos. Com o CCPI, as forças de segurança pública do Brasil terão a capacidade de pesquisar informações em todos os países, ampliando significativamente o espectro de dados disponíveis.

Maior operação policial

No centro de cooperação da cidade do Rio de Janeiro, a atuação será focada em atividades externas. Esses policiais integrarão equipes móveis da polícia federal e estarão nas áreas de competição. O objetivo dessas equipes é levantar informações de inteligência de campo. Além disso, o CCPI também presta apoio no curso de investigações conduzidas pelas polícias civil e federal, envolvendo visitantes de outros países. Sempre que um estrangeiro estiver envolvido em um delito relacionado aos jogos, o CCPI enviará representantes que possam ajudar na coleta de informações.

“Com a integração das forças de segurança pública, com apoio das forças armadas, nós entendemos que, a exemplo do que fizemos em eventos anteriores, podemos garantir que teremos um ambiente de absoluta tranquilidade. Além disso a cooperação internacional mostra que o Brasil está executando as melhores práticas internacionais para segurança em grandes eventos”, destaca Andrei Rodrigues, secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça e Cidadania.

Trata-se da maior operação de cooperação policial internacional da história do Brasil e da própria Interpol. Até o momento, já estão confirmados os seguintes países: Angola, Argélia, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Iêmen, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Nigéria, Noruega, Nova Zelândia, Oman, Portugal, Qatar, Reino Unido, Rússia, Suíça, Turquemenistão, Ucrânia.

Antiterrorismo e capacitação 

Para os Jogos Olímpicos Rio 2016, também foi criado o centro integrado antiterrorismo, supervisionado pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça e Cidadania e coordenado pela Polícia Federal. 

A atuação tem como foco o enfrentamento ao terrorismo em relação à segurança pública. O ambiente também contará com intercâmbio e cooperação de policiais nacionais e estrangeiros no combate à ameaça terrorista. Até o momento, estão confirmados a Argentina, Reino Unido, Paraguai, Estados Unidos, Espanha, Bélgica e França.

O trabalho de cooperação internacional inclui ainda o programa de observadores de grandes eventos desportivos internacionais, que possibilitará aos profissionais de segurança pública das principais instituições, envolvidas na preparação da Olimpíada, vivenciar e acompanhar in loco as melhores práticas adotadas em alguns dos mais importantes eventos internacionais. 

Os profissionais brasileiros acompanharam a ação de segurança no US Open de Golfe (EUA), nos Jogos Europeus (Azerbaijão); Tour de France (França, Bélgica e Holanda); Jogos Pan-Americanos (Canadá); Campeonato Mundial de Atletismo (China) e a Maratona de Berlim (Alemanha).

Para os Jogos Rio 2016, o Brasil convidará Japão (próxima Olimpíada) Russia (Próxima Copa Futebol), Qatar (Copa 2022), Coreia do Sul (Olimpíada de Inverno) e Peru (Panamericano 2019) para acompanharem a operação de segurança durante o evento.

 

Fonte: Portal Brasil, com informações do MJC