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PPI aprova avaliação da CELG D em R$ 1,792 bilhão

Empresa vale R$ 4,448 bilhões, mas futuro acionista terá de assumir dívidas e outras obrigações no total de R$ 2,656 bilhões


por Portal Brasil


publicado:
14/09/2016 17h00


última modificação:
14/09/2016 17h11

O Conselho do Programa de Parcerias de Investimento da Presidência da República (PPI) aprovou nova avaliação da CELG D, uma das maiores empresas de distribuição de energia do País, no valor de R$ 4,448 bilhões.

Como o futuro acionista terá de assumir dívidas e outras obrigações no total de R$ 2,656 bilhões, o valor líquido referente à totalidade das ações da empresa é de R$ 1,792 bilhão (incluído parcela dos investidores minoritários, de 0,07%).

Serão alienadas no processo de desestatização as ações correspondentes a 99,93% do capital da CELG que são atualmente detidas pela Eletrobras (50,93% do capital social) e pelo governo de Goiás, via CELGPar (49% do capital), cujo valor total equivale a R$ 1,791 bilhão.

Processo de venda

O processo de desestatização será realizado em duas etapas: a primeira é o leilão a ser realizado na Bovespa para alienação de ações equivalentes a 94,84% do capital social da CELG D ao preço mínimo de R$ 1,708 bilhão.

A segunda é a oferta de ações aos empregados e aposentados equivalente a 5,09% do capital da empresa no valor de R$ 82,6 milhões. Em caso de sobras de ações, o novo controlador terá a obrigação de adquiri-las. Será mantido o desconto de 10% no valor por ação aos empregados e aposentados que aderirem à oferta.

As alterações foram necessárias em razão do resultado da licitação para alienação do controle acionário da CELG D, em agosto, que foi considerado deserto. Em função disso, o Ministério de Minas e Energia solicitou ao BNDES que tomasse as providências necessárias para dar continuidade ao processo.

Atualização dos valores

Nesse sentido, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela contratação dos serviços necessários à desestatização, solicitou à International Finance Corporation (IFC), contratada para estruturar a desestatização da CELG D, a atualização dos serviços de avaliação econômico-financeira que resultou no novo valor.

Além de definição do novo preço de venda das ações, a Resolução também traz uma alteração na Oferta aos Empregados e Aposentados: não haverá prazo mínimo para a permanência com as ações, exclusivamente, para essa categoria, atendendo a um pleito dos próprios funcionários da empresa.

O objetivo é estimular a aquisição de maior número de ações pelos interessados, já que permitirá a alienação de sua participação acionária a qualquer momento. 

No intuito de dar maior transparência ao processo de desestatização da CELG D será realizada em breve nova audiência pública para apresentar as últimas alterações realizadas no processo. Os potenciais interessados na aquisição do controle acionário da CELG D poderão acessar a sala de informações que foi reaberta. 

Fonte: Portal Brasil, com informações do BNDES