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Programa de análise da água contará com dados de Pernambuco

Com a entrada dos pernambucanos, Qualiágua agora tem 22 unidades da Federação coletando dados


por Portal Brasil


publicado:
19/10/2016 17h57


última modificação:
20/10/2016 17h17

O estado de Pernambuco aderiu ao Programa de Estímulo à Divulgação de Dados de Qualidade de Água (Qualiágua). A iniciativa da Agência Nacional de Águas (ANA) busca estimular a padronização dos métodos de coleta de amostras, parâmetros verificados, frequência das análises e divulgação dos dados em escala nacional. A inclusão foi publicada na edição desta quarta-feira (19) no Diário Oficial da União (DOU). O acordo terá vigência até 31 de dezembro de 2020.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) será o órgão responsável pela realização das atividades previstas pelo Qualiágua. A instituição receberá R$ 1,1 mil por ponto monitorado, com dados divulgados no estado, conforme o acordo de cooperação assinado com a ANA.

Monitoramento

Com orçamento de aproximadamente R$ 15 milhões, o Qualiágua também tem o objetivo de promover a implementação da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade de Água (RNQA) em todo o País.

Os recursos da premiação pela divulgação dos dados serão repassados duas vezes a cada 12 meses, mediante o cumprimento das metas, que levarão em consideração aspectos, como: o percentual de pontos da RNQA operados pelo estado, o número de parâmetros avaliados e o percentual de pontos operados com medição de vazão simultânea – este último para análise da carga de poluentes na água. Essas metas serão pactuadas entre a ANA e as instituições participantes.

Com adesão voluntária, o programa parte do pressuposto que os dados de qualidade da água são importantes para diversos públicos, como: gestores públicos, pesquisadores, estudantes e empresas.

Os parâmetros mínimos a serem coletados nos pontos de monitoramento envolvem aspectos físico-químicos (transparência, temperatura da água, oxigênio dissolvido, pH e demanda bioquímica de oxigênio, por exemplo), microbiológicos (coliformes), biológicos (clorofila e fitoplâncton) e de nutrientes (relacionados a fósforo e nitrogênio).

No total, 22 unidades da Federação já aderiram voluntariamente ao programa: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os acordos de cooperação técnica publicados no Diário Oficial da União formalizam a adesão.

Rede de monitoramento

Criada em 2013, a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água propõe a padronização dos dados coletados, dos procedimentos de coleta e da análise laboratorial dos parâmetros qualitativos para que seja possível comparar as informações obtidas nas diferentes unidades da Federação.

A meta é que até dezembro de 2020 todos os estados e o DF contem com um total de 4.450 pontos de monitoramento, dos quais aproximadamente 1,8 mil já estão em operação.

Todos os dados obtidos pela RNQA serão armazenados no Sistema de Informações Hidrológicas (HidroWeb), da ANA, e serão integrados e divulgados por meio do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos (SNIRH).

Fonte: Portal Brasil, com informações da ANA