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Proteção de terras indígenas em RO e MT recebe R$ 8 milhões

BNDES aprovou a liberação de recursos do Fundo Amazônia para a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé


por Portal Brasil


publicado:
13/01/2016 19h42


última modificação:
14/01/2016 15h06

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a liberação de R$ 8,2 milhões do Fundo Amazônia para a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé implementar os Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) das Terras Indígenas (TIs) Igarapé Lourdes e Zoró. São terras indígenas que ficam entre Rondônia e Mato Grosso.

Situadas no Corredor Etnoambiental Tupi-Mondé, essas terras indígenas correspondem a uma área de 541 mil hectares, na qual vivem 1,5 mil indígenas de três etnias. As regiões sofrem constantes ameaças de invasores interessados em retirar madeira ou realizar atividades de pesca nos rios daquela área, e esta é uma das ameaças que serão enfrentadas com a concretização do plano.

Além da instalação de um sistema de vigilância territorial, serão realizadas ações para fortalecer cadeias de produção sustentável, que produzirão farinha de mandioca, banana e peixes, e a construção de um Centro de Referência Indígena, onde funcionará um “Museu da Memória” e uma “Maloca Digital”. Esse Centro tem a finalidade de proporcionar uma infraestrutura de uso coletivo para fortalecimento da cultura indígena das comunidades.

Integridade

A Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé é uma Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) cuja missão é buscar a harmonia entre o elemento humano e a natureza, preservar a integridade dos povos indígenas e sua cultura e contribuir para o desenvolvimento ambiental sustentável. A associação atua em Rondônia, Mato Grosso, Amazonas e Pará.

As atividades da associação incluem, entre outras, a elaboração e o desenvolvimento de planos de gestão de terras indígenas e de manejo de florestas, de projetos de vigilância e fiscalização de terras indígenas e de parques nacionais, laudos de impacto ambiental, apoio à produção, educação ambiental, avaliações ecológicas, desenvolvimento de projetos de carbono e de políticas públicas.

Fonte: Portal Brasil, com informações do BNDES