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Seminário discute Política Nacional das Artes no Rio

Fundamentos da política pública foi tema de discussão na abertura do Seminário de Lançamento do Processo de Elaboração da Política Nacional das Artes, na manhã desta terça-feira (9), no RJ


por Portal Brasil


publicado:
09/06/2015 19h16


última modificação:
09/06/2015 19h16

Os fundamentos da Política Nacional das Artes (PNA) serão construídos a partir da valorização da arte e da cultura em suas múltiplas possibilidades, com diretrizes e mecanismos que possibilitem o fomento, a preservação e o desenvolvimento das diversas linguagens artísticas. A avaliação foi feita pelo presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Francisco Bosco, durante abertura do Seminário de Lançamento do Processo de Elaboração da Política Nacional das Artes, na manhã desta terça-feira (9), no Rio de Janeiro.

“A Política é um processo cujo objetivo é consolidar e implementar um conjunto de políticas públicas capazes de fortalecer a cadeia produtiva de todas as artes e o valor simbólico delas”, destacou Bosco. “O que estamos realizando neste momento é o início de um processo que convida para participação social para sua construção. Temos a convicção de que só conseguiremos implementá-la se formos capazes de mobilizar artistas, gestores e produtores e todos os segmentos envolvidos com as artes”, afirmou para uma plateia que lotou o segundo andar do Palácio Capanema, sede da Funarte.   

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, defendeu o diálogo com a sociedade como método de trabalho. “Eu prezo esse processo e me surpreende que existam pessoas inteligentes prescindindo da discussão. Temos uma metodologia de trabalho na qual o diálogo é matéria-prima básica”.

Juca ressaltou, ainda, que esse processo, iniciado oficialmente nesta terça-feira, irá resultar na revitalização da Funarte, instituição vinculada ao MinC, que precisa se remodelar para estar à altura da sua finalidade e das demandas da sociedade no século XXI.

Além dos discursos de Juca Ferreira e Francisco Bosco, a conferência de abertura também contou com apresentações do diretor do Museu de Arte do Rio (MAR), Paulo Herkenhoff, do cantor e compositor Chico Cesar, do ambientalista e escritor indígena Ailton Krenak e da psicanalista e professora Tania Rivera.

A preocupação de incluir as discussões e estudos anteriores no debate, o reconhecimento do artesanato indígena como arte e o uso da arte como instrumento de discussão política foram alguns dos temas apresentados pelos convidados. Chico Cesar, inclusive, apontou, a partir da sua experiência como secretário de Cultura de Paraíba, a importância da descentralização de recursos e das decisões para que, na ponta, os municípios tenham autonomia para realizar suas atividades culturais.

Na cerimônia de abertura, também foi lançada uma plataforma digital, a culturadigital.br/pna, em que os interessados podem comentar e sugerir cada um dos pontos já discutidos nos planos setoriais pelos colegiados formados por representantes da sociedade civil e técnicos do MinC.

Além dos planos setoriais, a plataforma lança uma enquete com a pergunta: “Qual tema você considera mais importante para a Política Nacional das Artes?”. É possível votar quantas vezes quiser ou enviar opiniões. A enquete estará aberta por 30 dias e seu resultado será levado para debate nas Caravanas das Artes e nos seminários temáticos.

A cerimônia de abertura contou com apresentação de números circenses pelos alunos da Escola de Circo e com o espetáculo de dança Na Batalha, com dançarinos do passinho, ambos na parte externa do Palácio Gustavo Capanema.

 

Fonte: 

Ministério da Cultura