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Teste rápido de zika passa por avaliação de qualidade

Produto da BahiaFarma deve ser aprovado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade para poder ser incorporado ao SUS


por Portal Brasil


publicado:
13/06/2016 00h00


última modificação:
14/06/2016 10h33

O teste rápido para diagnosticar o vírus zika, desenvolvido pela Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (BahiaFarma), passará por avaliação de qualidade. 

Todos os exames de diagnósticos oferecidos pela rede pública de saúde devem ser aprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade (INCQS). Somente depois dessa análise que o produto poderá ser incorporado ao SUS.

O teste da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (BahiaFarma) permite identificar anticorpos na corrente sanguínea (técnica IgM) e também consegue verificar se a pessoa já teve infecção pelo zika em algum momento da vida (técnica IgG).

O produto desenvolvido pelo laboratório público, que é vinculado à Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, já foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pode ser comercializado na rede privada.

Caso seja aprovado no controle de qualidade, o teste será analisado por uma comissão específica do Ministério da Saúde, capacitada para avaliar a eficácia, segurança e custo benefício dos produtos, garantindo assim as melhores escolhas para o funcionamento do sistema público de saúde e a proteção da população.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, ressaltou a importância no desenvolvimento de novas tecnologias que beneficiam diretamente a população. “Esse teste oferece um resultado rápido que permite saber se a pessoa já foi infectada pelo zika e assim já estaria imunizada. Assim que tivermos a confirmação de qualidade do teste, poderemos fazer a negociação de quantidade e valores para podermos consolidar esse kit para nossa rede de saúde pública”, concluiu Barros.

Na Rede Pública 

Atualmente, o teste disponível no SUS para diagnóstico do zika vírus utiliza a técnica PCR (biologia molecular), que só detecta a doença na fase mais aguda, quando o paciente ainda apresenta sintomas. Essa tecnologia é a única disponível no momento que não apresenta problema de falsos diagnósticos.

Os outros testes que poderiam detectar zika mesmo sem sintomas, que são os testes de sorologia, ainda não são 100% eficazes. Aqueles que estão disponíveis no mercado podem dar positivo, caso a pessoa já tenha sido infectada pela dengue anteriormente.

Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde distribuiu 250 mil testes PCR para os laboratórios centrais de saúde pública e para os laboratórios de referência. Outras 250 mil unidades estão disponíveis para envio, de acordo com as demandas dos laboratórios. Vale esclarecer que a testagem não é necessária para o início do tratamento da doença, uma vez que os medicamentos são receitados de acordo com os sintomas de cada paciente. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 6 milhões na aquisição dos testes PCR. 

 

Fonte: Portal Brasil, com informações do Portal da Saúde.