A assinatura da Portaria definiu os critérios de adaptação de outorgas das empresas, o que o inclui os valores a serem pagos pelas emissoras para mudar do AM para o FM
por Portal Brasil
publicado:
24/11/2015 21h48
última modificação:
25/11/2015 15h50
O segmento de radiodifusão brasileira comemorou, nesta terça-feira (24), a assinatura da Portaria que define os critérios de adaptação de outorgas das empresas, o que o inclui os valores a serem pagos pelas emissoras para mudar do AM para o FM. Para o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, o documento marca um “dia histórico para o rádio” ao permitir a melhoria da qualidade do áudio das emissoras pioneiras.
“É um dos fatos mais relevantes do rádio nos últimos 50 anos. Porque essas emissoras AM, pioneiras, tradicionais, que durante muitas décadas foram o único meio de comunicação de massa do nosso país, vinham sofrendo com falta da qualidade do áudio. Essa transição para FM vai melhorar a qualidade do áudio em si e possibilitar transição para o futuro”, disse.
Slavieiro explicou, ainda, que a mudança de faixa traz condições técnicas para que os rádios transmitam, via internet, a programação para celulares e tablets de forma livre, aberta e gratuita.
A presidente da Associação Cearense Emissoras de Rádio e TV, Carla Lúcia Dummar, destacou que a iniciativa reflete melhorias diretas ao usuário. “Nós vamos poder prestar um serviço melhor para o ouvinte do rádio, com menos problema de interferência e melhor qualidade do som”, comentou.
Segundo ela, o governo federal inovou ao resolver o problema do setor de “forma integral e não com soluções esporádicas”. “O Brasil está inovando, empreendendo e oferecendo uma grande solução para a questão da radiodifusão do País”.
Para o presidente institucional do Grupo Jaime Câmara, Guliver Leão, o rádio tem seu espaço garantido no cotidiano dos brasileiros. “O rádio é aquele comunicador mais imediato. Está presente no dia a dia das pessoas e tem um papel muito importante de integração nacional. Quando surgiu a televisão, falaram que o rádio ia acabar. Não acabou. Os meios de comunicação, quando produzem e geram bons conteúdos, se perpetuam”, enfatizou.
Segundo ele, as mudanças são uma alternativa para salvar o rádio AM no Brasil, que vinham sofrendo com alto custo de energia e uma série de desvantagens do ponto de vista tecnológico. “O FM traz uma nova perspectiva em função da possibilidade de operação de custo, além, principalmente, de qualidade de sinal e de recepção”, finalizou Leão.
Fonte: Blog do Planalto