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Angra dos Reis realiza monitoramento de encostas

Município fluminense conta com população de cerca de 70 mil pessoas morando em locais de risco


por Portal Brasil


publicado:
28/07/2015 11h54


última modificação:
28/07/2015 16h56

A Secretaria de Defesa Civil de Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, iniciou nesta segunda-feira (27) um trabalho de campo para realizar o mapeamento de áreas de risco. O projeto de monitoramento de encostas é desenvolvido em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Segundo o superintendente de Planejamento e Gerenciamento de Crises da Secretaria de Defesa Civil do município, Hele Serafim Filho, o município fluminense conta com uma população de cerca de 70 mil pessoas morando em locais de risco. Essas áreas receberão sensores geométricos de movimento de massa, conhecidos como prismas (espécie de espelhos), que enviarão dados de possíveis movimentos de massa para uma Estação Total Robotizada (ETR), instalada em um prédio, no centro do município.

Em um primeiro momento, as comunidades dos morros do Abel, Carioca, Santo Antônio, Carmo, Caixa D’Água, Monte Castelo e Peres, considerados áreas de risco, serão priorizados para a instalação dos prismas.

Termo de cessão de uso

No dia 22 de julho, técnicos da Defesa Civil se reuniram com líderes de associações de moradores de comunidades, para apresentar o projeto de monitoramento de encostas. Caso o local de instalação dos prismas seja particular, o proprietário poderá assinar um termo de cessão de uso, permitindo a colocação do equipamento, mas sem nenhum tipo de vínculo. “A qualquer hora que ele queira, poderá solicitar a retirada do equipamento”, disse o superintendente.

Nos morros da região central da cidade, a prefeitura conta com o funcionamento de pluviômetros e sirenes, bem como na área do entorno. Os 29 pluviômetros automáticos cedidos pelo Cemaden permitem saber em tempo real a quantidade de chuva no local. “Eles estão espalhados em todo o continente e também na Ilha Grande”, disse Hele Serafim.

Ainda em parceria com o Cemaden, a Secretaria de Defesa Civil está trazendo para Angra dos Reis mais três estações automáticas. Quinze pluviômetros semiautomáticos já estão instalados em pontos estratégicos, onde voluntários fazem a leitura dos dados e informam a Defesa Civil. Seis estações semiautomáticas foram instaladas em escolas do município, em um projeto-piloto, com o objetivo de criar uma cultura de prevenção a desastres também nas crianças. O município receberá, ainda, mais quatro dessas estações para áreas onde serão instalados os prismas.

O município tem também um sistema de envio de mensagens para mais de 8 mil telefones cadastrados. “Recebendo algum alerta dos governos estadual ou federal, a Defesa Civil emite mensagens para as áreas com sirene ou áreas ainda sem bloco, informando sobre riscos, para que os moradores deixem as residências.”

Serafim Filho destacou que, antes da implantação das sirenes, esse sistema de mensagens via telefone conseguiu evitar a morte de 13 famílias no bairro de Santa Rita, onde ocorreu um deslizamento em 2013.

A prefeitura trabalha também para evitar que as movimentações de terra aconteçam. Para isso, 29 projetos se encontram em andamento visando a contenção em áreas de risco, sendo que 12 desses projetos já têm verbas garantidas para execução. A expectativa é que as obras sejam iniciadas ainda este ano.

Fonte:

Agência Brasil