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Anvisa alerta consumidores sobre medicamento Flogo-Rosa

Ingestão acidental de doses elevadas pode causar agitação, ansiedade, alucinações e convulsões


por Portal


publicado:
23/06/2016 17h49


última modificação:
24/06/2016 10h42

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um alerta sanitário sobre os riscos de ingestão do medicamento Flogo-Rosa® (cloridrato de benzidamina), especialmente em crianças.

A ingestão acidental de doses elevadas do Flogo-Rosa® pode causar agitação, ansiedade, alucinações e convulsões. Além disso, essa ingestão pode levar a doenças como gastrite, úlcera, falência renal, entre outras.

O Flogo-Rosa® destina-se ao uso de lavagens vaginais e não deve ser ingerido. Esse é um medicamento anti-inflamatório destinado ao tratamento da vulvovaginite aguda (inflamação dos tecidos da vulva e vagina), associada aos sintomas de dor, ardor, coceira e corrimento e doença inflamatória do colo do útero de qualquer tipo ou origem.

O medicamento também pode ser indicado como auxiliar no tratamento de micose e de doença sexualmente transmissível causada por um parasita, como preventivo no pré e pós-operatório de cirurgia vaginal e na higiene íntima do pós-parto.

De acordo com a Gerência de Farmacovigilancia da Anvisa, o alerta pretende chamar a atenção para um problema de uso indevido do produto que tem sido relatado para a Agência. Algumas pessoas ingeriram o medicamento ou deram a crianças por via oral, ao invés de usá-lo apenas no local conforme está no modo de uso da bula.

A própria embalagem do medicamento adverte que o Flogo-Rosa não deve ser ingerido. O problema pode ter origem na automedicação e na orientação médica insuficiente do médico ao prescrever ou do farmacêutico ao dispensar o medicamento, enfatiza Márcia Gonçalves, Gerente de Farmacovigilância.

Ao realizar o monitoramento de risco de uso dos medicamentos, foram observados diversos casos de ingestão acidental do medicamento Flogo-Rosa®, por crianças e adultos pelo Centro de Vigilância de São Paulo (CVS-SP) e o Centro de Assistência Toxicológica de São Paulo (CEATOX-SP).

Na ocasião, a Anvisa determinou à empresa Aché a elaboração de um Plano de Minimização de Risco, que previu a mudança na embalagem com a inserção de figuras e frases com os dizeres “proibido ingerir”. A efetividade desse plano vem sendo, desde então, monitorada pela Anvisa e pela detentora do registro do produto.

O que a Anvisa recomenda?

Seguem abaixo algumas orientações importantes aos pacientes em tratamento com o Flogo-Rosa®:

  • O uso do medicamento só deve ser realizado SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA;
  • Pergunte ao seu médico a forma de utilização do produto antes do início do tratamento;
  • Em caso de ingestão acidental, procure imediatamente orientação médica ou um pronto-socorro, informando a quantidade ingerida, o horário da ingestão e os sintomas. Se possível, leve a embalagem ou bula do medicamento;
  • Caso necessite de mais orientações sobre como proceder em situações de intoxicação, ligue para o Centro de Assistência Toxicológica mais próximo, cujos telefones estão indicados na lista;
  • Adote em sua casa medidas para prevenir a ingestão acidental de medicamentos e a ocorrência de intoxicações. Mantenha o medicamento longe do alcance das crianças. Para isso, recomenda-se guardar o produto em locais altos. Caso outra pessoa cuide de seus filhos durante algum período do dia, repasse essas orientações ao cuidador;
  • A Anvisa solicita aos cidadãos que comuniquem casos relacionados ao modo indevido do uso do Flogo-Rosa®. Essa notificação pode ser realizada por meio do Formulário de Notificação de Eventos Adversos para o Cidadão, no portal da Anvisa. A notificação de pacientes também pode ser realizada gratuitamente por meio do Anvisa Atende  0800-642-9782 ou pela Ouvidoria;
  • Para o profissional de saúde, a Anvisa disponibiliza o sistema Notivisa para a realização das notificações de eventos adversos.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Anvisa