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Brasil e China criam fundo de US$ 50 bi e planejam ferrovia até o Peru

Presidenta Dilma Rousseff recebeu o primeiro ministro Li Keqiang e fechou 35 acordos de investimentos e comércio exterior


por Portal Brasil


publicado:
19/05/2015 15h46


última modificação:
19/05/2015 19h13

Os governos do Brasil e da China anunciaram nesta terça-feira (19) uma série de medidas que aumentarão expressivamente nos próximos anos os investimentos e o comércio entre os dois países. A presidenta Dilma Rousseff e o primeiro ministro chinês Li Keqiang se reuniram pela manhã no Palácio do Planalto, onde foram assinados 35 acordos financeiros, comerciais e de cooperação, num total de US$ 53 bilhões.

Um dos acordos mais importantes, segundo Dilma, será a criação de um fundo de US$ 50 bilhões, com dinheiro chinês e administrado pela Caixa Econômica Federal. Os recursos serão usados em projetos de infraestrutura no Brasil. A presidenta ainda informou que será formado um outro fundo de investimento, de US$ 20 bilhões, com recursos chineses e brasileiros, para setores como siderurgia, cimento e vidro.

“Como diz um provérbio chinês, `se o vento soprar em uma única direção, a árvore crescerá inclinada´. Temos de aperfeiçoar nossas relações econômicas, buscando sempre maior harmonia, respeito e benefícios mútuos”, afirmou Dilma. “Tenho certeza que hoje estamos trilhando este caminho. É para este objetivo que devem convergir os três compromissos estratégicos que hoje renovamos: a ampliação de investimentos, comércio cada vez mais intenso, aberto e diversificado; e o aprofundamento de parcerias em educação, ciência, tecnologia e inovação.”

A presidenta disse que os dois países vão começar os estudos para a construção da Ferrovia Transcontinental, ligando o estado de Tocantins ao litoral do Peru. Trata-se de um projeto que envolverá os três países. “É um projeto para ligar o Atlântico ao Pacífico, reduzindo distâncias e custos de transporte”, ressaltou.

No encontro de hoje, Dilma e Li Keqiang também lançaram a pedra fundamental para a linha de transmissão de energia elétrica que vai ligar a Usina de Belo Monte, no Pará, à sub-estação de Estreito na cidade de Ibiraci (MG). A obra será realizada por chineses e brasileiros, tendo 2.092 quilômetros de extensão e levando mais energia para o maior mercado consumidor do Brasil, a região Sudeste.