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Brasil vai sediar a Conferência Internacional de Educação de Adultos

Em abril, as discussões envolverão movimentos sociais e especialistas, além de gestores e instituições com atuação na África, América Latina, Ásia e Europa


publicado:
22/02/2016 19h46


última modificação:
24/02/2016 16h15

O Brasil sediará a Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea Brasil +6). O evento, a ser realizado de 25 a 27 de abril, é um dos mais importantes fóruns mundiais de discussões sobre a inclusão escolar de jovens e adultos. As discussões envolverão movimentos sociais e especialistas, além de gestores e instituições ligados à educação dessa parcela da população na África, América Latina, Ásia e Europa.

O Ministério da Educação do Brasil é um dos protagonistas da Confintea Brasil +6 e apresentará a política brasileira da educação de jovens e adultos. “É fundamental que o poder público, nas diferentes esferas e sociedade civil, somem esforços para combater a evasão e trazer para a escola aqueles jovens que hoje estão fora dela”, destaca o ministro Aloizio Mercadante.

Atualmente, 84,3% dos jovens de 15 a 17 anos no Brasil estão matriculados na escola. “Nosso desafio é que 100% destes estejam matriculados até o final deste ano”, observa Mercadante. No ano passado, a estimativa de analfabetos no mundo era de 781 milhões de pessoas.

O ministro destaca que para enfrentar o desafio da inclusão escolar de jovens e adultos é fundamental tornar a escola pública mais atraente ao aluno, permitindo que esse estudante comece a trilhar a sua inserção profissional e social por meio dela. “Por esse motivo precisamos combinar melhor os esforços dos programas Mais Educação, Pronatec e os recursos da educação digital”, avalia.

As discussões brasileiras sobre o programa de educação de jovens e adultos (EJA) trilham esse caminho. Durante a Confintea Brasil +6, o secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Paulo Gabriel Nacif, falará sobre a revisão da EJA em relação com o mundo do trabalho.

Segundo Paulo Gabriel, a perspectiva é que 25% das vagas oferecidas na EJA tenham vínculo direto com a educação profissional. “Esse é nosso foco e o grande estímulo para que as pessoas voltem à sala de aula”, defende.

A relação entre a EJA e a educação profissional está prevista na meta 10 do Plano Nacional de Educação (PNE): oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

A implementação da EJA no Brasil é realizada por estados e municípios. Ao governo federal cabe estabelecer as grandes diretrizes. A consulta pública construção da Base Nacional Comum Curricular (BNC) tem sido um dos caminhos que o MEC tem trilhado para essa construção conjunta.

Fonte: MEC