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Eleição de conselho do MinC revela demanda por políticas culturais no Brasil

Com mais de 72 mil inscritos, pleito para o Conselho Nacional de Política Cultural bate recorde e reforça o engajamento do setor


por Portal Brasil


publicado:
04/10/2015 11h48


última modificação:
04/10/2015 11h48

A participação popular é fundamental para que o Poder Público conheça as realidades e necessidades do brasileiro. Muitas das leis, projetos e ações governamentais colocados em prática surgem dos diálogos entre a sociedade civil organizada e as esferas governamentais. Um exemplo dessa dinâmica é a relação entre o Ministério da Cultura (MinC) e o Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).

O CNPC começou a atuar em dezembro de 2007 para aproximar os fazedores de cultura e o MinC. Dos encontros entre as partes surgem propostas para o desenvolvimento e o fomento das atividades culturais no País.

A quantidade de interessados em participar da renovação do Conselho surpreendeu o ministério. Ao longo dos 40 dias do período de inscrições para concorrer ao CNPC, 72.871 pessoas se registraram como eleitores e candidatos. Para a eleição anterior, o número de inscritos foi de aproximadamente 5 mil pessoas.

“Isso é um indicativo de um movimento cultural muito forte, mobilizado, ativo e muito ansioso para participar das decisões a respeito desses desafios que estão colocados para a gestão cultural nos próximos anos”, comentou Vinícius Wu, secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (SAI/MinC).

Componente do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e parte da estrutura básica do MinC, o Conselho é composto por quatro instâncias que funcionam para fazer com que as pessoas sejam ouvidas e suas demandas transformadas em programas de governo junto ao ministério e instituições ligadas a ele.

Na prática, o Conselho também opina sobre a forma como o Ministério conduz suas políticas. O Plano Nacional de Cultura, que define as prioridades do governo para os próximos anos, é um exemplo. Os 56 objetivos do plano foram avaliados e aprovados pelo CNPC. Atualmente estão em revisão.

“São pessoas que têm o que dizer e querem se fazer ouvir”, diz a coordenadora-geral do CNPC, Christiane Ramírez. Ela enxerga na alta adesão um reflexo das atividades realizadas recentemente pela secretária de Articulação Institucional da pasta.

Isso porque, entre 9 e 26 de setembro, o Distrito Federal e cidades dos 26 estados brasileiros receberam os Encontros Estaduais Eleitorais e os Fóruns Nacionais Setoriais, eventos que contaram com palestras, debates, rodas de conversa, além de inscrição de candidatos e eleitores.