Portal Brasil

Militares da Força Aérea fazem treinamento no gelo

Experiência acrescenta conhecimentos fundamentais em caso de pouso forçado durante as missões para a Antártida


por Portal Brasil


publicado:
23/09/2015 16h21


última modificação:
23/09/2015 16h21

Militares do Esquadrão Gordo, unidade da Força Aérea Brasileira que presta apoio logístico aéreo ao Programa Antártico Brasileiro, realizaram um exercício de sobrevivência em El Colorado, a cerca de 700 km ao sul da capital do Chile, entre os dias 9 e 15 de agosto. O curso foi ministrado pela Força Aérea Chilena.

“O mais básico para eles é muito importante para nós”, explica o Capitão Diego Nascimento de Oliveira, comparando as diferenças climáticas entre o Rio de Janeiro, onde o Esquadrão Gordo é sediado, e o clima da Cordilheira dos Andes no sul do Continente Americano.

Os militares aprenderam duas técnicas sobre como construir abrigos, como iglus, para permanências curtas e longas na neve. Uma delas consiste em comprimir camadas de neve e depois cavar uma abertura de entrada.

“Nesse dia, a temperatura estava em torno de -10°. Demoramos quase quatro horas para finalizarmos a construção do iglu para quatro pessoas, mas valeu a pena, depois de pronto a temperatura em seu interior era de aproximadamente 3°”, detalha o capitão sobre o local onde eles passaram a noite.

Para verificar o grau de oxigênio dentro do iglu, eles mantêm duas velas acesas. “Enquanto tiver ar, elas queimam. Se apagarem, precisamos sair”, afirma.

A outra técnica de abrigo é mais simples. Consiste em cavar um buraco na neve e cobrir com lona. “Mas não fica tão quente como no iglu”, compara o Capitão Diego, que fará o primeiro voo para o continente gelado em outubro.

Além das técnicas de sobrevivência no gelo, os militares realizaram exercícios de deslocamento na neve, utilizando botas, raquetes e ski.

“Recebemos várias instruções teóricas e realizamos treinamentos práticos de ensinamentos que podem ser fundamentais na eventualidade de um acidente ou permanência em locais de baixas temperaturas”, relata o piloto, que integra o Esquadrão Gordo desde 2012.

Fonte: Força Aérea Brasileira